‘Quando houver confronto, que morra o bandido, não o policial’, afirma Rodrigo Garcia
Em sabatina à Jovem Pan News, governador de São Paulo focou em medidas de segurança pública, defendeu o uso de câmeras corporais nos uniformes de policiais e reforçou que não tem padrinho político
O governador de São Paulo e candidato à reeleição, Rodrigo Garcia (PSDB), defendeu a evolução da polícia militar e falou em “Estado mais seguro” do Brasil. Em sabatina no Jornal da Manhã, da Jovem Pan, nesta quarta-feira, 17, o político criticou a ideia que o porte de armas seja alternativa de proteção da população, defendeu que segurança pública é responsabilidade da polícia e exaltou a queda no número de mortes por habitantes nas cidades paulistas, que passou de 33 para seis desde o governo de Mário Covas. “Tivemos muitas vitórias em São Paulo, a briga contra a criminalidade é diária. Administro o Estado que tem os melhores indicadores de crimes contra a vida no Brasil. Estou satisfeito? Não, continuo ouvindo os comandantes”, afirmou o atual governador, que promete “continuar valorizando” as polícias no próximo mandato, se reeleito ao Palácio dos Bandeirantes. “Vamos continuar com a política de câmeras corporais, ela deu resultado, ela protege o policial e filmam o bandido, esse é o nosso objetivo com essas câmeras. Vou colocar o ‘detectamóvel’ nos veículos da polícia. Hoje nós temos a polícia com veículos blindados, não tínhamos antes. E vamos continuar nas áreas de operação, comprando veículos blindados.”
Questionado se não há uma contradição em seu discurso, uma vez que defende o fim das saidinhas e também a instalação das câmeras corporais, Rodrigo Garcia falou em pragmatismo e voltou a afirmar que seu objetivo é defender os policiais, não os bandidos. Segundo ele, em um Estado com 46 milhões de habitantes, a polícia deve estar preparada para combater os crimes mais violentos e os menos violentos, o que justificaria a compra dos melhores armamentos, mas também de armas não letais. “Eu sou um gestor público muito prático. Eu vejo a realidade que São Paulo vive e procuro solução para enfrentar os desafios”, mencionou o governador. Ele afirmou ainda que com 108 mil policiais em São Paulo é “natural” que abusos e equívocos aconteçam”, a diferença está na resposta do Governo, agindo com rigor. “O importante é que, quando existir um confronto, na minha opinião, quem tem que morrer é o bandido e não o policial. Sempre defendi isso. […] Agora, eu não quero uma polícia violenta. Eu quero uma polícia profissionalizada. Não quero uma polícia que sai matando, quero uma polícia que prende aqueles criminosos que merecem ser presos. E, se tiver que ter confronto, que morra o bandido, e não o policial. Essa é a minha opinião e a opinião do cidadão de bem deste país e do Estado de São Paulo.”
Além da segurança pública, Rodrigo Garcia também falou na sabatina sobre as eleições de outubro e negou a possibilidade de impugnação da candidatura de Geninho Zuliani, candidato a vice-governador na sua chapa. Segundo o tucano, o político foi um “grande prefeito” na cidade de Olímpia, no interior de São Paulo, responsável por ampliar o turismo na região e por ações com foco na geração de emprego e renda, sendo acionado na Justiça apenas por atitudes que tomou à frente da gestão municipal, sem qualquer condenação. “Geninho é ficha limpa. Tenho certeza que esse pedido de impugnação não será aceito pela justiça. Ele segue como nosso candidato a vice”, reforçou. O governador também minimizou as intenções de uma aliança BolsoRodrigo, com aproximação ao presidente Jair Bolsonaro (PL), e descartou influências do ex-governador João Doria (PSDB) ou uma candidatura em defesa do legado do PSDB em São Paulo. “Eu não estou aqui para defender a continuidade do PSDB. Eu estou aqui para defender São Paulo. Estou filiado ao PSDB como a democracia exige.”
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