Sete grupos internacionais observam todos os processos do sistema eleitoral brasileiro neste domingo
Nunca antes o Brasil teve tantos observadores externos em seu pleito; TSE alega que objetivo é garantir a segurança e transparência, além de futuro aprimoramento das eleições
O grupo de observadores internacionais convidado para acompanhar as eleições gerais brasileiras de 2022 está dividido em cinco subgrupos que visitam várias seções eleitorais desde as oito horas da manhã, quando teve início a votação no Brasil. Desde a semana passada, as missões de observação e também autoridades internacionais convidadas para acompanhar o pleito já participam de uma programação em Brasília que inclui ciclo de palestras e painéis para discussão sobre os aspectos do sistema eleitoral brasileiro. Eles também se reuniram com candidatos à Presidência da República para conhecer propostas. São sete missões internacionais com, aproximadamente, 150 pessoas. Representantes da Organização dos Estados Americanos (OEA), Parlamento do Mercosul (Parlasul), a Rede Eleitoral da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), os institutos norte-americanos Carter Center, International Foundation for Electoral Systems, Union Interamericana de Organismos Electorales e Rede Mundial de Justiça Eleitoral.
O papel desses observadores é acompanhar várias etapas do processo eleitoral. Ainda neste ano, eles já estiveram no Brasil para acompanhar as pré-campanhas, campanhas eleitorais, testes de segurança e o funcionamento do sistema eletrônico de votação até a totalização dos votos, além do pós-pleito. Eles devem verificar aspectos de tecnologia, organização eleitoral, votação no exterior, atuação da justiça eleitoral. Segundo o Tribunal Superior Eleitoral, o objetivo é ajudar a aprimorar o sistema e a democracia. O resultado do trabalho será a produção de relatórios técnicos independentes, com avaliação e sugestão de aprimoramentos.
É a primeira vez que o Brasil recebe tantos observadores extrangeiros. Em 2018 e 2020, a OEA já veio ao país para realizar esse trabalho e fez sugestões que foram acatadas, como a ampliação do tempo de análise do código-fonte, a criação de bases de dados específicas, como o portal TCE Mulheres, além da criação de grupos de trabalho ampliados para fortalecer a transparência do processo. O grupo acompanhou a abertura de urna, a impressão da zerésima e do boletim de urna, os testes de integridade, que seguem até 17 horas, a votação e, depois do encerramento da apuração, a apuração e a totalização dos votos no TSE, em Brasília.
*Com informações da repórter Katiuscia Sotomayor
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