Encontro entre FHC e Lula gera mal-estar no PSDB: ‘Não faz bem a um potencial candidato tucano’

Presidentes do diretório nacional e estadual do partido afirmam que a legenda busca uma candidatura ‘distante dos extremos que se estabeleceram na democracia brasileira’

  • Por Jovem Pan
  • 21/05/2021 15h48 - Atualizado em 25/05/2021 13h42
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Reprodução/Site PSDB Imagem de Bruno Araújo, presidente nacional do PSDB, segurando um microfone durante evento do partido Bruno Araújo, presidente nacional do PSDB, acredita que encontro pode prejudicar candidatura futura do partido à Presidência da República

O encontro entre os ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nesta sexta-feira, 21, não repercutiu positivamente dentro do PSDB. Em nota, o presidente do diretório estadual do partido, Marco Vinholi, celebrou a capacidade de diálogo da sigla, mas ressaltou que o PSDB busca um caminho contrário ao traçado por Lula. “O encontro de FHC com Lula tem caráter dentro da democracia, onde adversários políticos dialogam. O PSDB trabalha uma alternativa para o Brasil capaz de liderar a retomada tão importante no país, frontalmente contrário aos retrocessos de Lula e Bolsonaro”, disse. O presidente nacional do PSDB, Bruno Araújo, se posicionou fortemente contra qualquer tipo de aliança com o PT e afirmou que a reunião pode ter uma repercussão negativa para o futuro candidato da legenda. “Esse encontro ajuda a derrotar Bolsonaro, mas não faz bem a um potencial candidato do PSDB. Nossa característica é saber dialogar, inclusive com adversários políticos. De toda forma, precisamos evitar sinais trocados aos nossos eleitores”, explicou.

“O partido segue firme na construção de uma candidatura distante dos extremos que se estabeleceram na democracia brasileira. Depois de o petismo rotular o governo FHC de ‘herança maldita’, parece mais que estão em busca de votos do que um reconhecimento da gestão de FHC”, criticou Araújo. Após o almoço, FHC teve que ir até as redes sociais esclarecer o propósito do encontro. “Reafirmo, para evitar más interpretações: PSDB deve lançar candidato e o apoiarei; se não o levarmos ao segundo turno, neste caso não apoiarei o atual mandante, mas quem a ele se oponha, mesmo o Lula”, escreveu.

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