‘Éramos massa de manobra do MST’, diz ex-integrante do movimento durante CPI

Comissão ouve ex-integrantes do movimento e aprova requerimento para ouvir o governador de Goiás, Ronaldo Caiado

  • Por Brasília
  • 30/05/2023 15h25
Myke Sena / Câmara dos Deputados Foto de plenário de comissão da Câmara Audiência Pública da CPI do MST ouve ex-integrantes do movimento social

Na desta terça-feira 30, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Câmara dos Deputados que investiga as ações do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) ouve Nelcilene Reis e Ivan Xavier, ambos ex-integrantes do movimento. Os dois foram chamados na condição de convidados para esclarecer como funcionam as operações de ocupação de terra e quais as motivações das manifestações. No início do seu depoimento, Nelcilene disse que participou do movimento de 2016 a 2019 e que trabalhou no financeiro do movimento, com a venda de mercadorias em uma mercearia instalada em um acampamento no Distrito Federal. Segundo ela, o valor arrecadado com a venda dos produtos era passado para os dirigentes do MST. “Nós não aceitávamos a maneira, não só eu como os outros acampados, de como éramos tratados”, contou. “Saímos porque éramos massa de manobra do MST”, disse. O requerimento para a presença dos ex-integrantes foi apresentado pelo deputado federal Rodolfo Nogueira (PL-MS). Na justificativa usada pelo parlamentar, ele cita que convidados podem “ajudar a entender o panorama geral” do MST. Também na sessão desta terça-feira, o colegiado aprovou outros  seis requerimentos, entre eles para ouvir o governador de Goiás, Ronaldo Caiado.

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