Gilmar Mendes envia pedido de investigação contra Queiroga à PGR devido a apagão da Saúde

Responsável pela petição, PT suspeita de ‘uma ação política deliberada para maquiar os dados da pandemia’; ministro afirma que a pasta não tem nada a ver com instabilidades nos sistemas

  • Por Jovem Pan
  • 29/01/2022 14h09 - Atualizado em 30/01/2022 02h15
Myke Sena/Ministério da Saúde - 24/06/2021 Sem máscara, o ministro Marcelo Queiroga dá entrevista em um gabinete do governo O ministro Marcelo Queiroga diz que o Ministério da Saúde não é responsável por apagão

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes encaminhou à Procuradoria-Geral da República (PGR) um pedido do PT para que o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, seja investigado devido ao sumiço dos dados do sistema da pasta. Desde o final do ano passado, o ministério sofre com instabilidades que prejudicam, por exemplo, a documentação de casos, internações e mortes por Covid-19 e a soma dos dados da vacinação em todo o país. O partido liderado pelo ex-presidente Lula afirma na petição que suspeita de “uma ação política deliberada para maquiar os dados da pandemia”.

Sorteado relator da petição no último dia 13 de janeiro, Gilmar Mendes já havia manifestado preocupação sobre o assunto. “O restabelecimento dos sistemas de atualização dos boletins epidemiológicos deve ser tratado como prioridade. Há semanas os Estados e municípios enfrentam dificuldades em informar os casos de contaminação e de internação. O Apagão na Saúde inviabiliza o enfrentamento da pandemia”, disse o ministro, em seu Twitter, em 10 de janeiro. Já Queiroga eximiu o ministério de culpa e deu uma indireta ao PT. “Se houve sabotagem, não foi por parte do ministério. É da parte dos criminosos. Tudo está sendo apurado pela Polícia Federal e nós estamos tranquilos. Onde falta transparência não é no nosso governo”, ressaltou o ministro. “Aliás, esses outros aí, que estão com essas narrativas, o que fizeram veio à tona através da Justiça, de colaboradores, que trouxeram para a população o que existia de fato.”

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