Governo federal deve anunciar aumento de verbas e obras nas universidades federais para tentar encerrar greve

Apesar da promessa de mais recursos, Planalto já adiantou que não haverá margem no orçamento para reajustes, uma das principais reivindicações dos grevistas

  • Por Jovem Pan
  • 08/06/2024 07h21
GUIDO JR./FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO Professores, técnicos administrativos e alunos, realizaram na manhã desta terça (21), uma manifestação pelo campus da UFAL, para alertar as pautas da reivindicações, na tarde de hoje o governo federal se reune para mais uma rodade de negociações Professores, técnicos administrativos e alunos realizam manifestação no campus da UFAL, em Maceió

Em meio a uma greve que já se estende por mais de 50 dias, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tomou a iniciativa de agendar uma reunião com os reitores das universidades federais para a próxima segunda-feira (10). O objetivo dessa reunião é discutir e anunciar um conjunto de medidas destinadas a atender algumas das demandas dos docentes e técnicos em greve. Entre as ações esperadas, destaca-se a liberação de recursos adicionais para obras e o aumento das verbas de custeio destinadas às universidades e institutos federais, cujo orçamento atual de R$ 6,8 bilhões é considerado insuficiente pelos reitores para cobrir despesas essenciais.

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No entanto, apesar da promessa de mais recursos para custeio e infraestrutura, o governo já adiantou que não haverá margem no orçamento para atender a uma das principais reivindicações dos grevistas: o reajuste salarial. A proposta do governo, que contempla reajustes salariais diferenciados até 2026, não inclui previsão de aumento para o ano de 2024. Essa proposta tem gerado divisões entre os sindicatos dos professores, com alguns aceitando o acordo proposto pelo governo e outros ainda indecisos. Paralelamente, os técnicos administrativos seguem em negociações, com uma nova reunião agendada para discutir suas demandas. A greve nas universidades federais é parte de um cenário maior de descontentamento entre os servidores federais, com o governo contabilizando 20 greves apenas neste ano. A decisão do presidente Lula de intervir diretamente nas negociações, ultrapassando a esfera de atuação do Ministro da Educação, sinaliza a gravidade e a complexidade da situação.

*Com informações do repórter André Anelli

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