Haddad fala sobre ano eleitoral: ‘Não podemos sair da boa vibe do ano passado’

Ministro também destacou possível geração de empregos devido à pauta verde

  • Por Jovem Pan
  • 07/04/2024 16h06 - Atualizado em 07/04/2024 16h16
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TON MOLINA/FOTOARENA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO Fernando Haddad O ministro falou sobre a pauta verde

 Fernando Haddad, ministro da Fazenda, disse em entrevista no último sábado (6), no canal do senador Jorge Kajuru (PSD-GO), que espera que o país mantenha o ritmo de ajustes econômicos apesar da provável desmobilização do Congresso em razão das eleições municipais deste ano. “Não podemos sair da boa vibe do ano passado só por (2024) ser ano eleitoral”, pontuou. Ainda conforme ele, está mantida a perspectiva de que o Congresso finalizará a regulamentação da reforma tributária até o final deste ano. “Vamos mandar a regulamentação (ao Congresso) até o dia 15 de abril”, falou. O governo ainda procura dos parlamentares apoio para pautas que buscam fôlego para as contas públicas, o que inclui revisão de incentivos fiscais, além da tributária. Para o ministro, há necessidade de unir o parlamento para aproveitar a janela de oportunidade vivida pelo País. “Não dá para ser do jeito que alguém quer. O importante é a agenda”, disse.

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Haddad falou bem do papel do Supremo Tribunal Federal (STF) em análises de propostas econômicas. “STF tem tomado decisões para não desarrumar a casa ainda mais que está”, afirmou. O ministro voltou a cobrar uma união dos Três Poderes por um “pacto para colocar ordem na desarrumação” da gestão do País. “A única forma do Brasil dar certo é virar página escrita nos últimos dez anos”, afirmou.

O ministro ainda crê que o país esteja enfrentando reflexos da crise, que para ele, se iniciou após a reeleição da presidenta Dilma Rousseff, quando, conforme ele, “poderes se desentenderam”, até o ano de 2022.  “Tivemos dez anos de irresponsabilidade fiscal, com baixíssimo crescimento. O gasto não produziu os efeitos pretendidos”, afirmou Haddad. Ele ainda salientou que, no Congresso, entende-se que o enfrentando a propostas econômicas tem desafios políticos. “Entendo que não dá para ser à vista. Tem constrangimento político, pressões que são legítimas, outras que não”, afirmou.

Ele disse ainda que não tem como fazer um bom trabalho se não houver compreensão do risco que o Brasil está enfrentando no momento. “Estamos em um paradoxo. Estamos vendo oportunidade e mostrando que para aproveitar é preciso tomar determinadas medidas”, disse.  “Foram necessários alguns anos para que o mundo acordasse para a oportunidade que a transição [energética] representa”, afirmou o ministro em relação à visão de antagonismo entre desenvolvimento e meio ambiente.

Já sobre a pauta verde, que são assuntos relacionados ao meio ambiente, falou que há potencial para geração de novos empregos, entretanto, há algumas mudanças para que a ação seja efetiva. “Estamos arrumando toda a infraestrutura econômica. Na hora que bater um vento de cauda, esse País decola”, disse.

Uma das medidas legais que demonstrarão impactos econômicos positivos é o marco de garantias, sancionado no ano de 2023 e que proporciona que um mesmo bem possa ser usado como garantia em mais de um pedido de empréstimo. “O marco fará uma revolução no mercado imobiliário, no mercado de venda de carros”, disse. “Estamos modernizando a economia brasileira”, complementou Haddad.

 

*Com informações do Estadão Conteúdo

 

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