Lamento os superpoderes que o STF deu a governadores e prefeitos, diz Bolsonaro
Presidente criticou novamente as restrições impostas para tentar conter o avanço da pandemia de Covid-19 em visita a uma comunidade de venezuelanos no Distrito Federal
Em visita a venezuelanos na cidade de São Sebastião, no Distrito Federal, neste sábado, 10, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) criticou a decisão do STF de proibir a realização de cerimônias religiosas presenciais em meio à pandemia de Covid-19. Bolsonaro também voltou a criticar as medidas de enfrentamento ao coronavírus que envolvem fechar comércios e decretar toques de recolher e lockdowns. “Não abusem da paciência do povo brasileiro. Lamento os superpoderes que o Supremo Tribunal Federal deu a governadores e prefeitos para fechar, inclusive, salas, igrejas de cultos religiosos. É o absurdo dos absurdos. Não está valendo artigo quinto da Constituição mais. Está valendo o decreto do governador lá na frente.” O artigo ao qual Bolsonaro se refere trata dos direitos e deveres individuais e coletivos no Brasil. É o que diz que “todos são iguais perante a lei” e assegura “o livre exercício dos cultos religiosos”.
“Pessoal que me acusa de ditador, de querer impor uma ditadura no Brasil, nunca vi uma palavra minha, um só gesto que fugisse das quatro linhas da Constituição. Outros fogem. Os que me acusam, muitos agem fora das quatro linhas da Constituição”, continuou Bolsonaro. Nesta sexta-feira, 9, o presidente criticou a decisão do ministro Luís Roberto Barroso de mandar instalar a CPI da Covid-19 no Senado Federal, que pretende investigar suposta omissão do governo federal na condução da pandemia. “O Barroso, monocraticamente, determinou que o Senado Federal instale a CPI Covid contra o presidente Jair Bolsonaro. É exatamente isso. Não é para apurar desvio de recursos de governadores, é para apurar omissões do governo federal.”
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.