Líder do PL no Senado defende discussão maior e calibragem do texto da reforma tributária
Senador Carlos Portinho afirma que bancada do partido será favorável ao projeto desde que não seja aprovado de ‘forma açodada’
O senador Carlos Portinho, líder da bancada do Partido Liberal (PL) no Senado Federal, afirma que o grupo político será favorável à aprovação da reforma tributária desde que a discussão não aconteça de “maneira açodada” na Casa Alta. De acordo com ele, a bancada da sigla na Câmara dos Deputados votou majoritariamente contra o texto – aprovado na última quinta-feira, 6, com 382 votos a 118 – em razão do debate “atropelado e sem participação da sociedade civil”: “No dia seguinte, todos os profissionais liberais acordaram sem saber o quanto vão pagar”, disse Portinho, em conversa com o site da Jovem Pan, nesta segunda-feira, 10. “A bancada é a favor da reforma tributária, porque inclusive ela começa no governo Bolsonaro. Agora, se é essa a reforma tributária [correta], é o que o Senado agora tem que se dedicar. Podem estar todos os setores da economia atendidos no texto final, podem estar governadores e prefeitos atendidos, ainda há dúvidas sobre os prefeitos. Falta agora mostrarmos para a sociedade, porque é ela que paga conta”, defendeu o senador.
A fala de Portinho acontece dias após a aprovação da reforma tributária em dois turnos na Câmara dos Deputados, com voto contrário majoritário dos integrantes do PL na Casa. No total, dos 95 deputados da sigla que participaram da votação em primeiro turno, 75 votaram contrários ao texto, seguindo orientação feita pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, atual presidente de honra do partido. E outros 20 foram favoráveis à matéria, que segue para análise do Senado após o recesso parlamentar. Para Portinho, o momento é de “colocar a bolinha no chão” e “calibrar” o texto antes da aprovação final. “Se for atropelado, a gente será contra”, admitiu o senador, esclarecendo que isso não deve acontecer. “O Senado é como uma Casa revisora, perfil bem diferente e é um espaço democrático de debates. E agora é a hora de escutar quem paga”, concluiu.
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