Lira trabalha para Câmara votar Carf e arcabouço fiscal ainda nesta sexta e depois entrar em recesso
Um dos maiores responsáveis pela aprovação da reforma tributária, presidente da Câmara foi elogiado por Lula, segundo o ministro Alexandre Padilha
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), afirmou nesta sexta-feira, 7, que o projeto que retoma o voto de qualidade no Conselho de Administração de Recursos Fiscais (Carf) e o arcabouço fiscal poderão ser votados ainda hoje. Também pela manhã, o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, destacou a possibilidade da votação, mas apontou que ainda não houve acordo entre parlamentares. “Eu espero votar as pautas econômicas [hoje], vamos nos reunir com os líderes para decidir se voltamos ao plenário. A reunião é para isso, para decidir se vota o Carf e arcabouço. Se nós votarmos hoje, entramos de recesso”, afirmou Lira.
Lira afirmou que a aprovação do arcabouço fiscal pode impactar a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) e facilitar que o grupo promova a redução de juros tão cobrada pelo governo federal — o comitê sinalizou que primeiro corte em um ano deverá acontecer na próxima reunião. “Falei no começo da semana que iriamos utilizar de segunda a sexta, sem precificar o dia e definir que, quando a matéria tivesse voto, iria para plenário. A reforma tributária foi. Vamos conversar para terminar essas matérias que têm um quórum infinitamente mais fácil para aprovação”, explicou.
Elogios para o presidente da Câmara
O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, também concedeu entrevista coletiva sobre a votação das matérias do Carf e do arcabouço fiscal, que o governo defende que sejam pautadas ainda nesta sexta-feira, 7, bem como a medida provisória do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA). “Nossa expectativa é de que os três pontos que estejam na pauta possam ser votados porque eles têm um papel muito importante. Tem acordo do governo federal em relação ao mérito dos três pontos, tem acordo em relação ao texto apresentado no relatório do Carf, já tem acordo em relação ao PAA. Em relação ao texto do marco fiscal, o governo orientou favorável ao ótimo trabalho que foi feito na Câmara, quando votado meses atrás. Vamos discutir com os líderes da importância da aprovação desses três itens”, declarou Padilha.
O ministro de Lula ainda jogou confete em Arthur Lira, tido como um dos maiores vitoriosos para a aprovação da reforma tributária com votação expressiva. “O presidente fez questão de ligar pela manhã cedo, fazer um agradecimento institucional ao presidente da Câmara, do momento histórico que a Casa viveu. Lula fez questão de elogiar o discurso feito pelo presidente Arthur Lira, que mostra momento de grandeza da Câmara dos Deputados.” A aprovação da reforma tributária pela Câmara veio depois de o governo Lula realizar um novo recorde no empenho de emendas de congressistas em um único dia. Na quarta-feira, 5, o Planalto empenhou R$ 5,3 bilhões em emendas individuais de transferência especial, mais conhecidas como “emendas pix”. Com a nova liberação, os repasses do governo Lula aos parlamentares apenas na semana da aprovação da reforma tributária chegou a R$ 7,4 bilhões, e o total neste ano ultrapassa os R$ 15 bilhões.
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