Lira volta atrás sobre racionamento e diz que governo prevê consumo ‘eficiente’ de energia
Presidente da Câmara havia anunciado controle do uso após evento no Palácio do Planalto; agora, consumo consciente será incentivado ‘de maneira voluntária’ pelo governo
Após participar do lançamento do Plano Safra 2021/2022 nesta terça-feira, 22, no Palácio do Planalto, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP), afirmou que o país passará por um período de racionamento de energia para evitar apagões. “Em reunião comigo, o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, analisou o cenário e garantiu que não teremos apagões, mas que precisaremos passar por um período educativo de racionamento para não evitarmos crises maiores”, disse o parlamentar. Além disso, ele afirmou que o governo federal estaria desenvolvendo uma medida provisória com as bases para um possível racionamento. O projeto também atribui poderes a um comitê interministerial para interferir na gestão de hidrelétricas.
Algumas horas depois, no entanto, Lira falou novamente sobre o assunto nas redes sociais. O parlamentar voltou atrás e relatou que conversou com Bento Albuquerque, que esclareceu detalhes sobre a Medida Provisória. Dentre os pontos citados por Lira, está a confirmação de que a MP não determinará o racionamento obrigatório e que o consumo consciente e eficiente de energia será incentivado “de maneira voluntária” pelo governo. Dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) apontam que os reservatórios das hidrelétricas localizadas no Sudeste e no Centro-Oeste devem chegar ao mês de novembro com 10,3% de capacidade. Este será o menor nível mensal em 20 anos.
Falei há pouco com o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, que esclareceu que a Medida Provisória não irá trazer qualquer comando relativo ao racionamento de energia. Será feito o incentivo ao uso eficiente da energia pelos consumidores de maneira voluntária.
— Arthur Lira (@ArthurLira_) June 22, 2021
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