Lula diz que crime organizado virou ‘indústria multinacional’

Ao lado do ministro Flávio Dino, presidente afirmou que crime está ‘na política, futebol, empresários’ e em outros lugares

  • Por Caroline Hardt
  • 31/01/2024 15h31 - Atualizado em 31/01/2024 15h39
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FÁTIMA MEIRA/ENQUADRAR/ESTADÃO CONTEÚDO O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), durante a reunião com os membros do Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial Lula ainda disse que aposta na formação de "um novo ser humano" baseado na educação

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse nesta quarta-feira, 31,que é difícil de combater o crime organizado porque a criminalidade “virou uma grande indústria multinacional”. Segundo o mandatário, o crime “está na imprensa, está na política, está no futebol, está nos empresários, está em todos os lugares do planeta”. Lula ainda disse que aposta na formação de “um novo ser humano” baseado na educação e criticou o “político popular” que grita “bandido bom é bandido morto”. “A gente quer humanizar o combate ao pequeno crime e jogar pesado contra a indústria internacional do crime organizado. Essa tem avião, navio, iate, tem poder em muitas decisões em muitas instâncias”, disse o presidente ao lado do ministro Flávio Dino, que apresentou um balanço dos resultados da sua gestão no Ministério da Justiça e Segurança Pública.

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Um pouco antes, o ministro Flávio Dino disse que a Lei de Execução Penal, que já tem 40 anos, “demanda alguma revisão”. Ele afirmou que, se der tempo, apresentará um projeto de lei sobre o assunto no Senado. “Com certeza o ministro Lewandowksi e sua equipe vão tratar do assunto”, disse Dino, justificando que sua gestão não teve tempo de fazê-lo porque ele esperava passar quatro anos no governo. “As medidas cautelares e alternativas penais não significam leniência, fraqueza, significam eficiência”, declarou Dino. De acordo com o ministro, um preso custa R$ 4 mil por mês, enquanto uma pessoa que cumpre alternativas penais, como prisão domiciliar, custa R$ 400, ou 10 vezes menos.

*Com informações de Estadão Conteúdo

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