Manifestantes contra Lula convocam greve geral e pedem adesão de empresários

A organização está sendo feita pelo Movimento Nacional Resistência Civil (MNRC), grupo que se diz composto por ‘lideranças de movimentos civis e juristas’

  • Por Jovem Pan
  • 06/11/2022 22h44
SAULO ANGELO/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO Manifestantes contestam a vitória de Lula (PT) sobre Jair Bolsonaro (PL) Manifestantes contestam a vitória de Lula (PT) sobre Jair Bolsonaro (PL)

Manifestantes que contestam o resultado da eleição presidencial estão convocando uma greve geral a partir desta segunda-feira, 7. Através de grupos de WhatsApp e Telegram, os inconformados com a vitória de Lula (PT) estão pedindo a adesão de empresários alinhados ao atual governo. “Feche sua empresa, indústria, fábrica e comércio. E vamos lutar contra a instalação do comunismo”, diz uma das mensagens. A organização está sendo feita pelo Movimento Nacional Resistência Civil (MNRC), grupo que se diz composto por “lideranças de movimentos civis e juristas”. “O posicionamento do grupo não diz respeito somente sobre os resultados das eleições, mas sim sobre o restabelecimento da ordem, referente às injustiças da qual foi o processo eleitoral. Não estamos contestando as eleições somente, mas sim as violações constitucionais que ocorreram e estão ocorrendo”, afirma Léo Souza, coordenador do MNRC.

O movimento acontece na esteira dos protestos iniciados após a divulgação do resultado do pleito, no domingo passado, 30. Depois da vitória de Lula (PT) sobre Jair Bolsonaro (PL), centenas de manifestantes bloquearam diversas rodovias pelo país – atualmente, de acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), apenas duas estradas estão com pontos de bloqueio, sendo uma em Vilhena (RO) e outra em Altamira (PA). Em seguida, os atos foram direcionados a bases militares, como o Comando Militar do Sudeste, em São Paulo (região do Ibirapuera), o Comando Militar do Leste, no Rio de Janeiro (praça Duque de Caxias), o Quartel General do Exército, em Brasília, além de tiros de guerra, brigadas militares, bases aéreas e quartéis em cidades de todo país. Vestidos de verde e amarelo, os manifestantes pedem “intervenção federal” por entenderem que o processo eleitoral não foi conduzido de maneira justa.

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