Márcio França vai buscar Rodrigo Garcia para costurar acordo com Haddad

Ex-governador de São Paulo quer ampliar alianças do petista por avaliar que disputa no Estado será ‘central’ para resultado nacional

  • Por Beatriz Manfredini
  • 03/10/2022 21h12 - Atualizado em 03/10/2022 21h13
Roberto Casemiro/Marcelo Gonçalves/Estadão Conteúdo Montagem com fotos de políticos paulistas França abriu mão de sua candidatura ao governo de São Paulo para apoiar Fernando Haddad

O ex-governador Márcio França (PSB), candidato derrotado ao Senado por São Paulo, disse que vai procurar o governador Rodrigo Garcia (PSDB) para negociar um apoio à Fernando Haddad (PT) no segundo turno da disputa pelo Palácio dos Bandeirantes. França disse que já fez um primeiro contato com Garcia e afirmou que o pedido de apoio ao tucano “ainda vai chegar”. Para o pessebista, “não tem condição de o Rodrigo [Garcia], e também todo mundo que é democrata, fazer campanha para alguém que não é do Estado [de São Paulo]”. O adversário de Haddad, Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos), nasceu no Rio de Janeiro. França e Haddad participaram, nesta segunda-feira, de uma reunião da coordenação da campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para definir estratégias para o segundo turno.

Em comentário rápido com a imprensa, Haddad disse que a conversa vai acontecer, mas que protocolos precisam ser respeitados. “Temos que falar primeiro com o presidente do partido para não pular etapa. Tem um certo protocolo a cumprir, mas as direções vão conversar. Tem o Brasil todo para pensar. Tem protocolos que precisam ser respeitados”, afirmou o petista. Já o ex-presidente Lula foi categórico e afirmou que pode entrar na jogada. “O compromisso é duplo. Eleger presidente e governador do Estado. Se for necessário falar com adversários do Haddad em São Paulo, converso também, com Rodrigo e outros. Não se preocupem que o Lulinha paz e amor está pronto para conversar com todo mundo”, enfatizou. Na mesma linha, Márcio França admitiu que a disputa estadual é “central” para a eleição presidencial. “Sempre achei que São Paulo fosse decisivo. É uma eleição vital, central na disputa nacional. Portanto, qualquer movimento aqui pesa bastante”, disse.

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.