PDT antecipa reunião sobre posicionamento do partido no segundo turno da eleição presidencial

Executiva Nacional da sigla vai se reunir na terça-feira, 4, para definir postura da legenda na etapa final do pleito; ‘apoio crítico’ ao ex-presidente Lula é uma das hipóteses aventadas

  • Por André Siqueira
  • 03/10/2022 17h46
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BRUNO ESCOLASTICO/PHOTOPRESS/ESTADÃO CONTEÚDO Ciro Gomes Ciro Gomes recebeu pouco mais de 3% dos votos e teve seu pior desempenho em uma campanha presidencial

O PDT antecipou para a terça-feira, 3, a reunião da Executiva Nacional sobre o posicionamento da sigla no segundo turno da eleição presidencial. O encontro ocorrerá dois dias depois do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) confirmar a realização do segundo turno entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (PL). Com pouco mais de 3% dos votos, o pedetista Ciro Gomes terminou a disputa na quarta colocação, em seu pior desempenho em uma campanha presidencial. Ao longo da tarde desta segunda-feira, 3, dirigentes do PT fizeram acenos à cúpula do PDT e ressaltaram a importância de uma aliança na segunda etapa do pleito. Segundo apurou a Jovem Pan, uma das hipóteses discutidas é formalizar um “apoio crítico” a Lula, nos mesmos moldes do que ocorreu em 2018, quando o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad era o candidato do Partido dos Trabalhadores no pleito. A única alternativa descartada, neste momento, é o apoio a Bolsonaro, que busca a reeleição.

“Vamos fazer uma boa discussão a nível nacional. Não gostaria de falar agora com as feridas abertas, porque a eleição foi muito difícil, sofremos muitos ataques, nossas candidaturas foram alvos de ataques, disseram que ajudávamos o Bolsonaro. Vamos refletir com cuidado”, disse Antonio Neto, presidente do diretório paulista do PDT ao site da Jovem Pan. Questionado sobre os acenos feitos pela cúpula do PT aos pedetistas, Neto é taxativo: “Vamos esperar as próximas horas, analisar a situação. Às 23h59 não servíamos. Meia-noite precisam do PDT e querem o Ciro na caminhada?”. “Mas, com Bolsonaro, não dá para ir mesmo. Vamos discutir como ficará essa relação, porque nosso problema não é pragmático, é programático”, acrescenta. O racha, no PDT, no entanto, é evidente. O ex-prefeito de Niterói Rodrigo Neves, candidato do PDT ao governo do Rio de Janeiro, foi ao Twitter defender que “o trabalhismo declare apoio e se engaje na vitória do Brasil e do presidente Lula na eleição do próximo dia 30″. “Nas próximas horas o PDT, liderado pelo amigo e presidente Carlos Lupi, vai avaliar o grave momento nacional. No 1° turno pedimos votos para nosso candidato, o honrado companheiro e nacionalista Ciro Gomes. Sigo a orientação partidária, mas defenderei que diante das ameaças a democracia e Instituições do Estado Democrático de Direito, da barbárie social com a precarização do trabalho e da vida dos mais humildes, das ameaças irreversiveis ao meio ambiente e a Amazônia, que o trabalhismo declare apoio e se engaje na vitória do Brasil e do presidente Lula na eleição do próximo dia 30″, diz a íntegra da publicação. 

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