Ministro da Defesa sugere ‘teste de integridade’ no dia da eleição

Durante audiência no Senado Federal, general Paulo Sérgio Nogueira defendeu o modelo e afirmou que a proposta atestaria confiabilidade dos dispositivos

  • Por Jovem Pan
  • 14/07/2022 16h18 - Atualizado em 14/07/2022 19h26
BillyBoss/ Câmara dos Deputados Ministro da defesa Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira Paulo Sérgio Nogueira é atual chefe do Ministério da Defesa do governo Bolsonaro

O ministro da Defesa, general Paulo Sérgio Nogueira, participou de uma audiência no Senado Federal a pedido do senador Eduardo Girão (Podemos-CE) e propôs a realização do teste de integridade das urnas eletrônicas nas mesmas condições da votação, incluindo o uso da biometria. Na avaliação do militar, a iniciativa adicional serviria para atestar a confiabilidade dos dispositivos e a transparência do pleito – o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) já respondeu sobre esta sugestão e afirmou que a eleição não é feita com identificação biométrica de 100% dos eleitores, o que poderia comprometer o processo. Em sua fala, Nogueira reconheceu que o expediente já é adotado pela Justiça Eleitoral. “Meus amigos, no teste de integridade, no dia da votação, há o voto na mão. Aquele elemento que faz ali, o servidor do TSE ou, se atenderem a nossa demanda e [escolher] o eleitor, ele faz a mão, testa a urna e confere se o que ele fez na mão é o que saiu na urna. Isso é a integridade. O TSE já fez esse teste normalmente”, disse.

Na mesma audiência, o coronel Marcelo Nogueira de Souza, chefe das Forças Armadas no grupo de Fiscalização do Processo Eleitoral no Senado, explicou como seria a implementação da ideia: “Urnas seriam escolhidas, só que em vez de levar para a sede do Tribunal Regional Eleitoral, essa urna seria colocada em paralelo na seção eleitoral, onde teria eleitores com biometria. O eleitor faria sua votação e seria perguntado se ele gostaria de contribuir para testar a urna. Ao fazer isso, ele geraria um fluxo de registro na urna teste similar à urna original e, após isso, os servidores fariam votação em cédulas de papel e depois dessa votação em cédulas ela seria conferida com o boletim de urna”, disse.

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