Mourão demite assessor que, em mensagens, defendeu impeachment de Bolsonaro 

Segundo supostas conversas vazadas, Ricardo Roesch teria afirmado que o ‘capitão errou muito na pandemia’ e que o vice-presidente ‘é mais preparado e político’

  • Por Jovem Pan
  • 29/01/2021 12h07
Dida Sampaio/Estadão Conteúdo bolsonaro-e-mourao.jpg O vice-presidente Hamilton Mourão e o presidente Jair Bolsonaro

O vice-presidente, o general Hamilton Mourão, exonerou o chefe da Assessoria Parlamentar da Vice-Presidência da República, Ricardo Roesch Morato Filho. A exoneração foi publicada no Diário Oficial da União desta sexta, 29. O assessor teria trocado mensagens com o chefe de gabinete de um deputado federal a respeito das articulações para um eventual impeachment do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). A suposta conversa foi revelada na quinta-feira, 29, pelo site O Antagonista. Segundo prints, Roesch teria afirmado que o “capitão”, em referência a Bolsonaro, “errou muito na pandemia”. “General Mourão é mais preparado e político”, diz o chefe de assessoria.

A demissão vem na esteira de mais um desentendimento público entre Mourão e Bolsonaro. O presidente demonstrou, na quinta-feira, 28, irritação com o vice-presidente, que afirmou que, depois da eleição da Câmara e Senado, o governo pode ser reorganizado e o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, pode ser demitido. Após fala de Mourão, o presidente, mais uma vez, afirmou que é ele quem nomeia e demite ministros e que, nesse momento, a última coisa que o governo precisa é de ‘palpiteiros” para desestabilizar a equipe. “Toda semana recebo da mídia informações que tentando sempre semear a discórdia no nosso governo. Lamento que gente do próprio governo passe a dar palpites no tocante a troca de ministros”, disse. A reportagem tenta contato com o ex-assessor e aguarda posicionamento do vice-presidente.

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