MP recomenda que inquérito sobre assassinato de tesoureiro do PT em Foz do Iguaçu fique sob sigilo
Promotor de Justiça Tiago Lisboa Mendonça afirmou que acesso indiscriminado de terceiros pode ‘tumultuar e interferir’ nas investigações
O Ministério Público do Paraná (MP-PR) se posicionou favorável que as investigações a respeito do assassinato do guarda municipal e tesoureiro do Partido dos Trabalhadores (PT) Marcelo Aloizio de Arruda ocorram sob sigilo. A manifestação feita nesta quarta-feira, 13, acontece após pedido da Justiça. Na recomendação, o promotor Tiago Lisboa Mendonça diz que o acesso de terceiros pode tumultuar ou até interferir no inquérito, recomendando o sigilo das investigações, ainda que não seja uma regra. “O acesso indiscriminado aos autos de terceiros, estranhos ao fato, poderá tumultuar e interferir negativamente nas investigações, sobretudo em razão da existência de diversas diligências investigatórias ainda em curso, além de outras pendentes”, diz o Ministério Público.
Mesmo com o posicionamento favorável ao sigilo, caberá ao juiz Gustavo Germano Francisco Arguello, decidir sobre o caso. O assassinato de Marcelo Aloizio de Arruda, em Foz do Iguaçu, no Paraná, aconteceu no último domingo, 10, durante seu aniversário de 50 anos. Ele comemorava a data em evento temático do ex-presidente Lula quando, após uma discussão na festa, foi baleado pelo policial penal federal Jorge Jose da Rocha Guaranho. Testemunhas afirmaram que o policial não era convidado e nem conhecido dos participantes. Na segunda-feira, 11, a Justiça decretou a prisão preventiva de Jorge Jose da Rocha Guaranho. Na ocasião, o promotor Tiago Lisboa Mendonça afirmou que o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) vai integrar as investigações para apurar as circunstâncias do crime. Uma câmera de segurança flagrou o momento do disparo, que é feito após uma discussão durante o evento. O corpo de Marcelo foi velado na segunda.
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