Omar Aziz antecipa depoimento de infectologista que ficou 10 dias no Ministério da Saúde

Luana Araújo foi escolhida pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, para o cargo de secretária extraordinária de enfrentamento à Covid-19, mas nomeação não foi efetivada

  • Por André Siqueira
  • 01/06/2021 09h56 - Atualizado em 01/06/2021 17h47
Marcello Casal jr/Agência Brasil A médica infectologista Luana Araújo ao lado do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, ambos usam máscaras e Luana segura um microfone Infectologista, a médica Luana Araújo era crítica ao uso da cloroquina

O senador Omar Aziz (PSD-AM), presidente da CPI da Covid-19, antecipou o depoimento de Luana Araújo. A infectologista foi escolhida pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, para o cargo de secretária extraordinária de enfrentamento à Covid-19, mas a nomeação não foi efetivada – ela atuou por 10 dias no cargo. Os senadores querem saber se a médica, crítica do uso de remédios ineficazes para o tratamento do coronavírus, não foi nomeada por motivos políticos. A convocação de Luana Araújo atende um pedido apresentado pelo senador Humberto Costa (PT-PE), titular da CPI. No requerimento, o petista afirma que a infectologista foi demitida “a mando do Presidente da República”. Na sessão desta quarta-feira, 2, os senadores ouviriam especialistas a favor e contrários ao uso da cloroquina, remédio comprovadamente ineficaz para o tratamento da doença. Reservadamente, um membro da CPI disse à Jovem Pan que a mudança no calendário faz parte de uma articulação do grupo majoritário da comissão para ouvir, nos próximos dias, o ministro da Saúde. Para os parlamentares, a médica pode fornecer informações que serão utilizadas para confrontar Queiroga em sua segunda oitiva.

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