Pacheco diz que realização das eleições de 2022 é ‘inegociável’ e que decisão cabe ao Congresso Nacional

Declaração do presidente do Senado vem após denúncia de que o ministro da Defesa, Braga Netto, teria condicionado o pleito à aprovação do voto impresso

  • Por Jovem Pan
  • 22/07/2021 14h37 - Atualizado em 22/07/2021 16h24
WALLACE MARTINS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO - 09/07/2021 O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, usou suas redes sociais para reforçar que as eleições de 2022 irão acontecer

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), afirmou nesta quinta-feira, 22, que a realização das eleições de 2022 “não está em discussão”. A declaração do senador vem após reportagem do jornal O Estado de S. Paulo denunciar uma possível ameaça do ministro da Defesa, Walter Braga Netto, ao presidente da Câmara dos DeputadosArthur Lira (PP-AL). Segundo o veículo, o ministro enviou um recado, por meio de “um importante interlocutor político”, ao presidente Lira dizendo que não haverá eleições em 2022 caso o voto impresso e auditável não seja aprovado. Braga Netto, no entanto, afirmou que a informação se trata de uma “invenção” e que ele não utiliza interlocutores para falar com presidentes de outros poderes. Também defendeu que a discussão sobre o voto eletrônico auditável, por meio de comprovante impresso, “é legítima” e “defendida pelo governo federal”, porém acrescentou que cabe ao parlamento decidir sobre o tema.

Apesar do pronunciamento de Braga Netto, Pacheco usou suas redes sociais para reforçar que decisões do tipo cabem apenas ao Congresso Nacional e que o cancelamento das eleições de 2022 não está em discussão. “Decisões sobre o sistema político-eleitoral, formas de financiamento de campanhas, voto eletrônico ou impresso, entre outros temas, cabem ao Congresso Nacional, a partir do debate próprio do processo Legislativo e com respeito às divergências e à vontade da maioria”, afirmou. “Seja qual for o modelo, a realização de eleições periódicas, inclusive em 2022, não está em discussão. Isso é inegociável. Elas irão acontecer, pois são a expressão mais pura da soberania do povo. Sem elas não há democracia e o país não admite retrocessos”, concluiu o parlamentar.

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