Braga Netto diz que ameaça contra eleições de 2022 é ‘invenção’

Ministro negou que tenha enviado um recado, por meio de um ‘importante interlocutor político’, ao presidente da Câmara dos Deputados

  • Por Jovem Pan
  • 22/07/2021 11h08 - Atualizado em 22/07/2021 18h00
Marcelo Camargo/Agência Brasil General Braga Netto O ministro Braga Netto leu uma nota negando as ameaças durante Inauguração de Antena Multissatelital

O ministro da Defesa, Walter Braga Netto, negou nesta quinta-feira, 22, que tenha feito ameaças contra a realização das eleições de 2022. Segundo reportagem do jornal O Estado de S. Paulo, o ministro enviou um recado, por meio de “um importante interlocutor político”, ao presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), dizendo que não haverá eleições em 2022 caso o voto impresso e auditável não seja aprovado. Ao chegar à sede do Ministério da Defesa, Braga Netto limitou-se a dizer que a informação se trata de uma “invenção”. Durante a Inauguração de Antena Multissatelital, o general voltou a falar do assunto. Afirmou que não utiliza interlocutores para falar com presidentes de outros poderes e que as Forças Armadas sempre atuam dentro dos limites previstos na Constituição. “Hoje foi publicada uma reportagem na imprensa que atribui a mim mensagens tentando criar uma narrativa sobre ameaça feitas por interlocutores a presidente de outro poder. O Ministro da Defesa não se comunica com os presidentes dos poderes por meio de interlocutores”, disse Braga Netto.

“Trata-se de mais uma desinformação que gera instabilidade entre os poderes da República em um momento que exige a união nacional. O Ministério da Defesa reitera que as Forças Armadas atuam sempre e sempre atuarão dentro dos limites previstos na Constituição.” Em seguida, o ministro acrescentou que acredita que “todo o cidadão deseja maior transparência e legitimidade no processo de escolha de seus representantes no Executivo e no Legislativo”. “A discussão sobre o voto eletrônico auditável, por meio de comprovante impresso, é legítima, defendida pelo governo federal e está sendo analisada pelo Parlamento brasileiro, a quem compete decidir sobre o tema”, concluiu. Em postagem em suas redes sociais, Lira não confirmou a veracidade das informações publicadas pelo jornal paulista, mas também não as desmentiu. “A despeito do que sai ou não na imprensa, o fato é: o brasileiro quer vacina, quer trabalho e vai julgar seus representantes em outubro do ano que vem através do voto popular, secreto e soberano”, resumiu o deputado. “As últimas decisões do governo foram pelo reconhecimento da política e da articulação como único meio de fazer o país avançar”, finalizou Lira.

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