Para Barroso, Tarcísio fala em mudança de empresa de câmeras de policiais; governador quer mais tecnologia
Ideia é ampliar a funcionalidade dos equipamentos, trazendo mais tecnologia e conseguir melhorias de áudio e vídeo e recursos como reconhecimento facial ou possibilidade de controlar as câmeras remotamente
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, quer fazer uma nova licitação para as câmeras corporais que ficam acopladas nos uniformes dos policiais militares para ampliar a tecnologia usada. As explicações sobre as mudanças que o chefe do Executivo paulista pretende implementar foram explicadas ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, em audiência em Brasília na última quarta-feira (13). A reunião também contou com a presença do ex-Secretário de Segurança Pública do estado, Guilherme Derrite, que foi exonerado para atuar no Congresso Nacional. Segundo interlocutores, o encontro foi tranquilo e Barroso foi “receptivo”.
Tarcísio e Derrite querem contratar uma nova empresa para fazer a gestão das câmeras. Os contratos atuais – herdados da gestão do ex-governador João Doria – vencem, respectivamente, em 1 de junho e 18 de julho deste ano. Ao todo, são 10.125 câmeras corporais disponíveis na PM atualmente – número que, por enquanto, não deve mudar. A ideia da gestão estadual é ampliar a funcionalidade dos equipamentos, trazendo mais tecnologia – para que elas se integrem ao programa de segurança Muralha Paulista. Com isso, espera-se conseguir melhorias de áudio e vídeo, como reconhecimento facial, por exemplo, e até mesmo estudar a possibilidade de controlar as câmeras remotamente. Tarcísio também pretende instala-las nos carros da PM. A expectativa, portanto, é conseguir novos contratos mais tecnológicos – e, quem sabe, mais baratos.
10 dias para manifestação
Nesta sexta-feira, Barroso deu 10 dias para que o governo de São Paulo se manifeste uma ação que pede que as câmeras corporais sejam obrigatórias durante operações policiais. A determinação é uma resposta a um pedido da Defensoria Pública de São Paulo, que solicitou que o ministro do STF suspendesse uma liminar do Tribunal de Justiça de São Paulo, que desobriga o uso do equipamento nessas situações. A Operação Verão, que vem acontecendo na Baixada Santista desde o dia 2 de fevereiro, após a morte do soldado da Rota Samuel Wesley Cosmo, deixou 45 mortos até agora.
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