Paulo Marinho rebate Bolsonaro: ‘Não quero a cadeira do Flávio nem nunca tratei mal seus filhos’

Suplente de Flávio Bolsonaro e pai de André Marinho, empresário cita Gustavo Bebianno em tom de ameaça

  • Por Jovem Pan
  • 27/10/2021 18h53 - Atualizado em 27/10/2021 18h53
WERTHER SANTANA/ESTADÃO CONTEÚDO Paulo Marinho Paulo Marinho diz que quem quer o mandato de Flávio é o Ministério Público

O empresário Paulo Marinho, suplente de senador pelo PSD do Rio de Janeiro, rebateu o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), após o chefe do Executivo afirmar em entrevista ao programa Pânico, da Jovem Pan News, que André Marinho, participante da bancada e filho de Paulo, lhe perguntou sobre esquemas de “rachadinhas” no Legislativo do Rio de Janeiro como forma de atingir o senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ), filho do presidente, com segundas intenções. “Seu pai está interessado na cadeira do Flávio”, declarou Bolsonaro. Paulo Marinho disse não ter interesse no cargo e citou o falecido Gustavo Bebianno, que foi ministro da Secretaria-Geral da Presidência, em tom de ameaça. Flávio Bolsonaro é investigado por um suposto esquema de rachadinhas em seu gabinete quando ainda era deputado estadual.

Em vídeo publicado nas redes sociais, Paulo Marinho se dirigiu diretamente a Jair Bolsonaro. “Assisti à entrevista que você deu hoje no programa Pânico para o meu filho André Marinho. Eu fiquei absolutamente surpreso da maneira descortês como você tratou meu filho. Sempre tratei os seus muito bem. Sabe qual é a diferença entre nós, capitão? Eu eduquei meus filhos para serem honestos, pessoas do bem e para não temerem os poderosos como você. Essa é a nossa diferença. Aliás, capitão, para de repetir essa ladainha de que eu quero o mandato do seu filho, Flávio Bolsonaro. Quem quer o mandato do Flávio é o Ministério Público, não sou eu. Para terminar, eu quero dizer o seguinte: você lembra do nosso amigo Gustavo Bebianno? Talvez já tenha esquecido dele, com certeza já esqueceu, mas ele não lhe esqueceu, pode ter certeza. Quando você estiver chorando no banheiro do Palácio, lembre dele, capitão. Ele não lhe esqueceu”, disse, sem dar mais detalhes do que Bebianno, que morreu de infarto em março de 2020, poderia fazer.

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