‘Não há motivo para preocupação’, diz ministro Tarcísio Freitas sobre chance de greve dos caminhoneiros
Titular da pasta da infraestrutura diz estar conversando com lideranças da categoria e que reação negativa pode fazer que auxílio seja cancelado
O ministro da infraestrutura, Tarcísio Freitas, comentou sobre a possibilidade de uma greve de caminhoneiros durante entrevista à Jovem Pan News nesta quarta, 27. Tarcísio disse estar conversando com as lideranças da categoria e que não acredita numa paralisação agora, apesar dos aumentos nos preços do diesel e da gasolina anunciados pela Petrobras, por conta desse diálogo e por ser o momento em que os motoristas precisam trabalhar para garantir a renda, com o início da safra nos campos. Em outros temas, o ministro também disse que o auxílio prometido aos caminhoneiros a partir de 2022, no valor de R$ 400, pode ser cancelado por conta da reação negativa da categoria.
Tarcísio diz acreditar que não haverá uma paralisação grande neste momento. “A gente tem conversado com várias lideranças, uma dificuldade que a gente tem é o fato delas serem bem difusas, são muitos líderes que representam a categoria. A gente percebe uma clara divisão, porque muita gente quer trabalhar, o mercado está aquecido, estamos num momento de preparo para a safra, é o momento de levar renda para dentro de casa. Estamos tomando as medidas possíveis e tentando explicar a nossa limitação de enfrentar alguns problemas, isso tem sido compreendido, então não acredito num grande movimento e acho que a gente vai superar isso tranquilamente. Não há motivo para preocupação”, afirmou.
Sobre o auxílio, o ministro comentou que a reação negativa poderia fazer com que o governo abandonasse a ideia. “Houve uma reação negativa da categoria, e entendo que essa reação pode fazer que esse auxílio não aconteça”, disse, apesar de considerar que o valor prometido poderia fazer a diferença para quem tira menos de R$ 2 mil líquidos por mês. Ainda comentou sobre declarações feitas em evento que tiveram repercussão ruim entre os caminhoneiros, afirmando que, ao dizer que tinha a intenção de reduzir o frete, isso não significaria redução de renda para a categoria caso eles pudessem fazer mais viagens, e que os comentários sobre ter que sair da categoria se referiam a uma preparação para lidar com novas tecnologias.
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