Pazuello, Ernesto Araújo e mais: CPI da Covid-19 aprova quebra de sigilo de 19 pessoas
Lista também inclui o empresário Carlos Wizard Martins, o assessor Filipe Martins e a secretária Mayra Pinheiro, conhecida como ‘capitã cloroquina’, e três empresas
Nesta quinta-feira, 10, a CPI da Covid-19 aprovou a quebra de sigilo telefônico e telemático dos ex-ministros Eduardo Pazuello (Saúde) e Ernesto Araújo (Relações Exteriores), da secretária Mayra Pinheiro, do Ministério da Saúde, e de pessoas apontadas como integrantes do “gabinete paralelo” de assessoramento ao presidente Jair Bolsonaro. Além disso, os senadores aprovaram a convocação do ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Wagner Rosário. O governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), seria ouvido pela comissão, mas decidiu não comparecer ao colegiado em razão de um habeas corpus concedido pela ministra do Supremo Tribunal Federal (STF), Rosa Weber.
Os senadores também aprovaram a quebra de sigilo de Antonio Elcio Franco Filho (ex-secretário-executivo do Ministério da Saúde), Marcellus Campelo (ex-secretário de Saúdo do Amazonas), Filipe Martins (assessor da Presidência para assuntos internacionais), Carlos Wizard Martins (empresário), Luciano Dias Azevedo (médico) e Paolo Zanotto (virologista). Os três últimos são apontados pelos integrantes da CPI como integrantes do suposto “gabinete paralelo”. Em uma reunião no Palácio do Planalto, no ano passado, Zanotto sugeriu a criação de um “shadow cabinet” (gabinete das sombras, em tradução livre) e colocou em dúvida a eficácia das vacinas contra o coronavírus. O requerimento para quebra de sigilo da médica Nise Yamaguchi estava na pauta, mas não foi apreciado.
Os requerimentos aprovados também miram ex-funcionários do Ministério da Saúde, representantes de farmacêuticas, a coordenadora do Plano Nacional de Imunização, Francieli Fantinato, e o auditor Alexandre Figueiredo Costa e Silva, do Tribunal de Contas da União (TCU), apontado como autor de um relatório falso sobre mortes causadas pela Covid-19. Em conversa com apoiadores, na segunda-feira, 7, o documento foi citado pelo presidente Jair Bolsonaro, que afirmou que 50% dos óbitos não foram causadas pela doença. Ele foi desmentido pelo TCU e o servidor, afastado. Três empresas e uma associação médica também terão os sigilos quebrados.
Confira abaixo a lista dos requerimentos aprovados:
- Eduardo Pazuello, ex-ministro da Saúde;
- Ernesto Araújo, ex-ministro das Relações Exteriores;
- Filipe Martins, assessor internacional da Presidência da República;
- Mayra Pinheiro, secretária de Gestão do Trabalho e da Educação do Ministério da Saúde;
- Antônio Elcio Franco Filho; ex-secretário Executivo do Ministério da Saúde;
- Carlos Wizard, empresário;
- Zoser Hardman, ex-assessor especial do Ministério da Saúde;
- Túlio Silveira, representante da Precisa Medicamentos;
- Paolo Zanotto, médico;
- Luciano Dias Azevedo, médico;
- Marcellus Campêlo, ex-secretário de Saúde do Amazonas;
- Hélio Angotti Neto, Secretário de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos em Saúde do Ministério da Saúde;
- Francisco Ferreira Filho, Coordenador do Comitê da Crise do Amazonas;
- Francisco Emerson Maximiano, sócio da Precisa Medicamentos;
- Francieli Fontana Fantinato, coordenadora do Programa Nacional de Imunização (PNI);
- Flávio Werneck, ex-assessor de Relações Internacionais do Ministério da Saúde;
- Camile Giaretta Sachetti, ex-diretora do departamento de Ciência e Tecnologia da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde;
- Arnaldo Correia de Medeiros, secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde;
- Alexandre Figueiredo Costa e Silva Marques, auditor do Tribunal de Contas da União (TCU);
- Artplan Comunicação
- Calya/Y2 Propaganda e Marketing
- Empresa PPR – Profissionais de Publicidade Reunidos
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.