Pela primeira vez, Doria se posiciona a favor de impeachment de Bolsonaro

Governador defende que PSDB se posicione como oposição ao presidente; Bruno Araújo convocou para a quarta-feira, 8, uma reunião da executiva nacional do partido

  • Por Jovem Pan
  • 07/09/2021 14h57
DANIEL CARVALHO/ENQUADRAR/ESTADÃO CONTEÚDO - 28/05/2021 O governador de São Paulo, João Doria, protesta durante pronunciamento de Carla Zambelli O governador de São Paulo se pronunciou pela primeira vez a favor do impeachment de Jair Bolsonaro

O governador João Doria (PSDB) se posicionou pela primeira vez a favor do impeachment do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Em coletiva de imprensa do Comitê de Política Monetária (Copom), nesta terça-feira, 7, o tucano informou que o presidente nacional do partido, Bruno Araújo, convocou para a quarta-feira, 8, uma reunião da executiva nacional do PSDB para discutir os desdobramentos dos atos deste 7 de setembro. “Eu não faço parte da executiva nacional do PSDB, então não me cabe participar desta reunião. Mas já me manifestei e reproduzo aqui a minha posição: ‘O PSDB, o partido pelo qual eu fui eleito pelo governador de São Paulo, o Estado mais imensamente habitado e maior força econômica do país, deve se posicionar pelo impeachment do presidente Jair Bolsonaro. O PSDB deve preservar como um partido de oposição ao presidente”, defendeu o governador.

“Eu, até hoje, nunca havia feito nenhuma posição pró-impeachment. Eu me mantive na neutralidade, entendendo que, até aqui, os atos deveriam ser julgados e avaliados pelo Congresso. Mas o presidente claramente afronta a Constituição, desafia a democracia e empareda a Suprema Corte Brasileira. O volume de crimes já cometidos pelo presidente da República na manifestação de hoje é mais do que suficiente para justificar, se não for um novo pedido, os mais de 130 pedidos que adormecem na mesa do presidente da Câmara Federal”, justificou Doria. “A minha posição é clara e amparada no direito e na Constituição: o presidente precisa sofrer um julgamento de impeachment pelos equívocos, pelos erros e pelo afrontamento à democracia”, finalizou.

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