Polícia Federal ouve depoimentos de seguranças do STF que estavam de plantão durante atentado

Um deles relatou um encontro direto com o suspeito, que ameaçou detonar explosivos caso houvesse aproximação; polícia militar também foi ouvido

  • Por Jovem Pan
  • 16/11/2024 19h48 - Atualizado em 16/11/2024 19h48
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WILTON JUNIOR/ESTADÃO CONTEÚDO Entorno do Supremo Tribunal Federal (STF) é isolado após pelo menos duas explosões Atentado ocorreu na última quarta-feira (13)

A Polícia Federal segue firme na investigação do atentado que abalou a Praça dos Três Poderes, em Brasília. O foco atual está na coleta de depoimentos de testemunhas e envolvidos, com o objetivo de esclarecer os detalhes do ocorrido. Nesta sexta-feira (15), dois seguranças do STF (Supremo Tribunal Federal) e um policial militar que estiveram presentes no momento do ataque foram ouvidos. Um dos seguranças relatou um encontro direto com o suspeito, que ameaçou detonar explosivos caso ele se aproximasse. Diante da ameaça, os seguranças seguiram o protocolo de segurança do Supremo, recuando imediatamente.

As investigações trouxeram à tona que o suspeito havia alugado um imóvel na cidade de Ceilândia, localizada a cerca de 20 km de Brasília. Além disso, ele adquiriu explosivos em uma loja local, gastando aproximadamente R$ 1.000. O proprietário da loja relatou que o homem não apresentou sinais de nervosismo durante a compra. O caso está sendo tratado como um ato terrorista e é conduzido pela Divisão de Enfrentamento ao Terrorismo da Diretoria de Inteligência da Polícia Federal.

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As autoridades suspeitam que o atentado foi meticulosamente planejado ao longo de meses e pode estar vinculado a discursos de ódio contra as instituições. Por isso, deverá ser incluído em um inquérito que faz parte de uma investigação mais ampla sobre atos tidos como antidemocráticos, sob a relatoria do ministro Alexandre de Moraes no STF. Tanto a Polícia Federal quanto o Supremo consideram que o atentado pode ter ligações com os eventos de 8 de Janeiro.

*Com informações de Janaina Camelo

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