Por aliança com o PSD, PT deve abrir mão de disputa ao Senado na Bahia

Pelo acordo que vem sendo costurado, governador Rui Costa (PT) deve abrir caminho para o senador Otto Alencar (PSD) brigar pela reeleição; Jacques Wagner (PT) tentará manter hegemonia petista no Estado

  • Por André Siqueira
  • 02/02/2022 16h00 - Atualizado em 02/02/2022 16h02
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EDUARDO MATYSIAK/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO governador da Bahia, Rui costa, em foto de busto, olhando para a frente. Homem branco de camisa social azul e terno cinza Governador da Bahia, Rui Costa, anunciou medidas mais duras para mitigar a disseminação da Covid-19

“Em time que está ganhando não se mexe”. É baseado neste raciocínio que lideranças do PT e do PSD trabalham para acertar a chapa que disputará a eleição em outubro deste ano no Estado da Bahia. A costura desenhada também inclui o Progressistas (PP), que integra a base de apoio do governo Bolsonaro no Congresso Nacional e caminha com os petistas em um dos maiores colégios eleitorais do país.

Segundo apurou a Jovem Pan, o governador da Bahia, Rui Costa (PT), deve permanecer no cargo até o final do ano e abrir mão de sua candidatura ao Senado, para o qual é tido como favorito. Para disputar uma cadeira no Legislativo, o petista teria que deixar o cargo até o dia 2 de abril. O movimento do chefe do Executivo baiano abre caminho para que o senador Otto Alencar (PSD-BA) dispute a reeleição. O PT, então, trabalharia para eleger o senador Jacques Wagner (PT-BA) e se manter à frente do Estado que governa desde 2007. Neste cenário, o PP terá a prerrogativa de indicar o candidato a vice-governador. Atualmente, o posto é ocupado por João Leão (PP), pai do deputado federal Cacá Leão (PP-BA).

Para isso, porém, Wagner precisará desbancar o ex-prefeito de Salvador ACM Neto (DEM), que lidera com folga a corrida pelo Palácio de Ondina. Segundo levantamento divulgado pelo Paraná Pesquisas em novembro, Neto tem 54,8% das intenções de voto, ante 23,1% do senador petista. Candidato do presidente Jair Bolsonaro, o ministro da Cidadania, João Roma (Republicanos), aparece com 3,9% da preferência do eleitor.

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