Presidente do Cidadania pede que ministro da Saúde seja investigado por caos em Manaus
Peça emitida por Roberto Freire afirma que Pazuello foi avisado com antecedência da possibilidade da falta de oxigênio para pacientes em Manaus, mas não tomou ação
O presidente do partido Cidadania, Roberto Freire, entrou nesta sexta-feira, 15, com uma representação contra o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, o acusando de responsabilidade pelo caos na contenção da Covid-19 em Manaus. A ação, feita junto à Procuradoria Geral da República (PGR), pede abertura de investigação por prevaricação e improbidade administrativa. Segundo o documento, o ministro e a equipe teriam sido avisados da possibilidade da falta de oxigênio para atender aos pacientes e não teriam feito nada a respeito. “O procurador da República Igor da Silva Spíndola teria afirmado que o Ministério da Saúde fora alertado há pelo menos quatro dias de que faltaria oxigênio nos hospitais de Manaus. No entanto, nenhuma medida preventiva foi adotada pelo Ministério da Saúde, permanecendo a pasta comandada pelo representado inerte, aguardando o caos que era anunciado”, afirma trecho da peça.
Nessa quinta-feira, 14, Manaus sofreu um dos piores dias na saúde desde o início da pandemia do coronavírus. Relatos de médicos e enfermeiros nas redes sociais afirmavam que o oxigênio disponível para a capital estava acabando, assim como os leitos disponíveis para pessoas doentes. Cemitérios lotaram e um toque de recolher entre 19h e 6h foi decretado como forma de diminuir o contágio. Em nota, o Ministério da Saúde informou que providenciou o envio de 131 ventiladores pulmonares para o estado e recrutaria 500 profissionais para auxiliar nos hospitais. A capital do Amazonas é a única cidade com leitos em todo o estado, o que contribui na sobrecarga do sistema de saúde local. Segundo dados atualizados pelo Ministério da Saúde nesta quinta, 15, o AM tem 223,3 mil casos registrados e 5,9 mil mortes, apresentando uma taxa de 143,1 óbitos para cada 100 mil habitantes.
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