‘Se concretizada, federação com PSDB será boa para a democracia’, diz presidente do Cidadania
Roberto Freire afirmou à Jovem Pan que sigla irá debater internamente próximos passos da eventual aliança com os tucanos
O presidente nacional do Cidadania, Roberto Freire, afirmou à Jovem Pan que, se concretizada, a federação com o PSDB será “boa para o partido e para a democracia”. Na manhã desta quinta-feira, 27, a cúpula tucana aprovou, por unanimidade, o início da negociação para a formação de uma aliança partidária. “Temos um levantamento preliminar que indica que essa federação com o Cidadania é bem-vinda. Precisamos avançar agora no regramento para essa convivência. O Cidadania tem sido parceiro importante do PSDB e há convergência política tanto em eleições quanto na atuação no Legislativo”, diz o presidente nacional Bruno Araújo em nota divulgada pelo partido.
“Já tínhamos feito um indicativo de possível federação e um dos prováveis partidos com quem conversamos era o PSDB. Nós saudamos essa decisão com muita satisfação, porque foi por unanimidade. Nós vamos reunir as comissões de entendimento que temos e vamos conversar. Vejo isso como uma possibilidade que, se se concretizar, será bom para o partido e para a democracia”, disse Freire à Jovem Pan. Neste tipo de arranjo político, duas ou mais legendas se unem para a disputa de uma eleição, como nas coligações. Neste caso, porém, a aliança deve durar, no mínimo, por quatro anos, até o pleito de 2026. Além disso, a aliança vale tanto para o plano nacional quanto para os 26 Estados e o Distrito Federal. Cada federação só poderá ter um candidato à Presidência da República e aos governos estaduais.
Caso as negociações entre PSDB e Cidadania caminhem para um desfecho positivo, os partidos precisarão solucionar um impasse envolvendo o nome que representará a federação nas eleições presidenciais. Os tucanos esperam que o senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE), que ganhou projeção com a CPI da Covid-19, abra mão de sua postulação e apoie a pré-candidatura do governador de São Paulo, João Doria (PSDB), ao Palácio do Planalto. Questionado pela Jovem Pan, Roberto Freire afirmou que os dirigentes partidários precisão avaliar qual candidato “tem melhor condição de tocar a campanha”.
“Se fecharmos a federação, vamos discutir qual dos dois [Doria e Alessandro] tem melhor condição de tocar a campanha, quem tem mais capilaridade. O que posso dizer é o seguinte: Moro [pré-candidato do Podemos à Presidência] está tendo dificuldades para crescer [nas pesquisas] porque o Podemos não tem uma estrutura para garantir a sua candidatura. Não podemos deixar de analisar essa questão: a estrutura partidária é importante para que se construa uma candidatura competitiva”, avaliou.
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