Senador protocola requerimento para novo depoimento de Queiroga na CPI da Covid-19

Segundo Humberto Costa (PT-PE), durante sua primeira oitiva na comissão, ocorrida na quinta-feira, 6, ministro da Saúde ‘deixou muitas perguntas sem respostas’ e se ‘esquivou de prestar contas ao Senado’

  • Por Jovem Pan
  • 10/05/2021 20h24 - Atualizado em 10/05/2021 20h39
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DIDA SAMPAIO/ESTADÃO CONTEÚDO Marcelo Queiroga chegando ao Senado para depor na CPI da Covid-19 Segundo senador, Queiroga deixou "perguntas sem respostas" em sua primeira oitiva

O senador Humberto Costa (PT-PE), membro da CPI da Covid-19, protocolou um requerimento para convocar o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, a prestar um novo depoimento ao colegiado. O requerimento foi feito nesta segunda-feira, 10, quando começa a segunda semana das oitivas do grupo. Segundo Costa, durante seu primeiro depoimento, prestado na quinta-feira, 6, Queiroga “deixou muitas perguntas sem respostas”. “Ele, inclusive, esquivou-se de prestar contas ao Senado sobre atos que estavam prontos e só foram divulgados após o fim do seu depoimento. Desrespeitoso, Queiroga ainda foi contraditório em vários aspectos”, diz a publicação em suas redes sociais e em seu site oficial.

Protocolei agora de tarde na CPI da Covid um novo pedido de convocação do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, que…

Publicado por Humberto Costa em Segunda-feira, 10 de maio de 2021

 

No documento, Costa defende que o ministro foi “lacônico” e critica Queiroga por não ter informado que sua pasta havia editado uma portaria sobre os “procedimentos de cobrança administrativa e de instauração de tomada de conta especial” sobre os recursos disponibilizados pelo Ministério da Saúde, o que, na visão dele, aumentou a pressão sobre Estados e municípios. “Essa portaria mostra que há uma ação coordenada no governo federal para minar nossos esforços e evitar a apuração das mais de 420 mil mortes a que chegamos até agora. Não vamos nos desviar. Não vamos perder a nossa rota. A cada dia, temos mais e mais elementos que confirmam a ação deliberada do governo em favor da expansão do vírus, enquanto empurrava remédios ineficazes na população”, afirma o senador.

Antes de Queiroga, Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich, ambos ex-ministros da Saúde, também depuseram. O também ex-ministro Eduardo Pazuello iria depor na semana passada, mas, após alegar que estava isolado por ter tido contato com assessores infectados pelo novo coronavírus, teve sua oitiva remarcada para o dia 19 de maio. Nos próximos dias, estão previstos os depoimentos de Antonio Barra Torres (presidente da Anvisa) na terça, 11; Fábio Wajngarten (ex-chefe da Secom) na quarta,12; Marta Diez, (representante da Pfizer no Brasil) na quinta, 13; e Ernesto Araújo (ex-ministro das Relações Exteriores) na próxima terça, 18.

Outros requerimentos da CPI pedem o depoimento de outros nove ministros do governo Bolsonaro. São eles Paulo Guedes (Economia), Walter Braga Netto (Defesa e ex-Casa Civil), Luiz Eduardo Ramos (Casa Civil e ex-Secretaria de Governo), Marcos Pontes (Ciência, Tecnologia e Inovações), Carlos Alberto Franco França (Relações Exteriores), Anderson Torres (Justiça), Flávia Arruda (Secretaria de Governo) e Damares Regina Alves (Mulher, Família e Direitos Humanos). O ministro Wagner Rosário, da Controladoria-Geral da União (CGU), também foi chamado a depor. Existe ainda requerimento para que Alexandre Ramagem, diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), preste depoimento para comentar a declaração de Bolsonaro de que o coronavírus seria resultado de uma “guerra química”.

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