STF começa julgamento de decisão sobre substituto de Dallagnol na Câmara
Ministros da Corte têm até as 23h59 desta sexta-feira para depositar seus votos no plenário virtual; através de decisão monocrática, Dias Toffoli contrariou o entendimento do TRE-PR e determinou que Luiz Carlos Hauly deve substituir o ex-procurador
O Supremo Tribunal Federal (STF) julga nesta sexta-feira, 9, a decisão sobre o substituto do ex-deputado federal Deltan Dallagnol (Podemos-PR). O julgamento foi agendado pela presidente da Corte, ministra Rosa Weber, e começou às 0h desta sexta no plenário virtual. Os ministros têm até as 23h59 de hoje para depositar seus votos. Nesta modalidade, os membros da Suprema Corte não têm que debater o tema, apenas apresentar seus votos. O julgamento é referente à decisão do ministro Dias Toffoli, que determinou, de maneira monocrática, que a vaga de Deltan Dallagnol fosse ocupada por Luiz Carlos Hauly (Podemos-PR). A decisão de Toffoli foi em linha diferente do entendimento do Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR), que diplomou Itamar Paim (PL-PR). Dallagnol teve seu mandato cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no dia 16 de maio, após a Corte entender que o ex-procurador antecipou sua exoneração para escapar de punições e não ser enquadrado na Lei da Ficha Limpa. A decisão foi reconhecida pela mesa diretora da Câmara dos Deputados nesta terça-feira, 6.
Em entrevista à Jovem Pan News nesta quinta-feira, 8, Hauly afirmou que conversou com Dallagnol após ter sido confirmado como substituto do ex-procurador e afirmou que iria honrar os princípios do ex-procurador. “Decisão judicial não se contesta. Decisão da Justiça se cumpre, você pode não gostar. Claro que o doutor Dallagnol é um homem ilibado, de conduta reta, um grande homem público e promotor de Justiça. Temos que olhar pra frente”, disse Hauly, que continuou: “Ele mesmo me telefonou ontem me dando os parabéns e eu disse que honraria também os seus eleitores e seus princípios. […] Também defendo os princípios que o doutor Deltan defende, como o princípio da moralidade pública, do direito à vida e à família. Lamento que o Congresso tenha perdido o doutor Deltan”, disse Hauly.
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