‘Vencemos o projeto de ódio e agora vamos vencer o João Doria’, diz Boulos em pronunciamento 

Candidato do PSOL à Prefeitura de São Paulo diz que, com mesmo tempo de TV no horário eleitoral, vai reverter os cenários apresentados pelos institutos de pesquisa e ser eleito para comandar a capital paulista

  • Por Jovem Pan
  • 16/11/2020 00h01 - Atualizado em 16/11/2020 00h09
Reprodução/ Instagram Guilherme Boulos

Candidato do PSOL à Prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos afirmou que sua candidatura venceu o “projeto de ódio, atraso e mentira”, em referência a Celso Russomanno (Republicanos), apoiado pelo presidente Jair Bolsonaro, e que, no segundo turno, irá “vencer o João Doria, porque é ele quem, de verdade, governa a cidade de São Paulo”. Governador do estado de São Paulo, Doria é padrinho político do prefeito Bruno Covas (PSDB), com quem o líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) irá disputar o cargo de prefeito no dia 29 de novembro. “Estou muito confiante de que o jogo vai virar. Ele já começou a virar. Estamos fazendo história e essa história vai fazer com que a maior cidade da América Latina trilhe um novo futuro, sem ódio, sem desigualdade social. É isso o que a gente representa. Vamos virar o jogo em São Paulo, com muita esperança, muita luta e muita participação”, disse em pronunciamento em sua casa, no bairro do Campo Limpo, ao lado do presidente nacional do PSOL, Juliano Medeiros.

Mais cedo, o prefeito Bruno Covas afirmou que “a esperança venceu os radicais no primeiro turno e a esperança vencerá os radicais no segundo turno”. Boulos rebateu as declarações do tucano e disse que “radicalismo é ter pessoas que viram o lixo para comer”. “Vi agora há pouco o depoimento de Covas. Ele fala em radicalismo. Radicalismo, para mim, é ter pessoas que reviram o lixo para comer. É ter hospitais fechados ou parcialmente abertos em plena pandemia. Radicalismo é o abandono do povo em uma cidade como São Paulo”, afirmou. “O que está em jogo é se vai vencer a mesmice, os mesmos de sempre, aqueles que levaram a cidade para o abismo em que estamos hoje, ou se vai vencer a esperança, um projeto de futuro”, acrescentou. Durante o primeiro turno, Boulos teve apenas 17 segundos no horário eleitoral na televisão, ante mais de três minutos do tucano. Agora, no segundo turno, o tempo de TV será igual para os dois candidatos. “Se nas condições tão desiguais do primeiro turno, terminamos em segundo lugar, chegando a mais de 1 milhão de votos, com crescimento tremendo nas periferias, imaginem em condições iguais de disputa. Eles tinham 11 jogadores em campo e nós, quatro. Agora, é 11 a 11. O jogo vira, é outro jogo e ele começa a partir de agora. Tenho confiança de que São Paulo vai virar a página do abandono, do atraso, dos esquemas e do elitismo, para construir uma cidade com diversidade, tolerância”.

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