Voto impresso não contribui para a democracia, diz ministro Alexandre de Moraes

Próximo presidente do TSE, ele disse que, apesar de não ver necessidade, a Justiça Eleitoral estará aberta para discussões

  • Por Jovem Pan
  • 26/06/2021 21h05 - Atualizado em 27/06/2021 11h02
MOURÃO PANDA/O FOTOGRÁFICO/ESTADÃO CONTEÚDO urna eletrônica Urna eletrônica é posta em dúvida sobre sua eficácia

Próximo presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o ministro Alexandre de Moraes criticou o projeto, em debate no Congresso Nacional, de implementação do voto impresso. “Não contribui para a democracia”, afirmou. Segundo Alexandre, a “maioria massacrante” dos brasileiros acredita nas urnas eletrônicas e apenas uma minoria coloca em dúvida a legitimidade da votação eletrônica, “sem apresentar até agora uma única prova de fraude”. As afirmações foram feitas ao podcast ‘Supremo na Semana’, que é editado pela Corte. O terceiro episódio da produção foi publicado neste sábado, 26, sendo que, na edição, Alexandre ponderou que a discussão sobre o voto impresso é válida para que a corte eleitoral “possa reafirmar a total legitimidade, transparência e confiabilidade do voto eletrônico”.

“Não há nenhum problema em se abrir todas portas do TSE para se verificar que nunca houve e dificilmente haverá problema com o voto eletrônico, porque é controlado do início ao fim. Eventualmente se houver necessidade de alterações para uma maior fiscalização a Justiça Eleitoral está aberta. Estamos discutindo não só no TSE, mas no STF também, mas se você me perguntar é necessário hoje para aprimorar a democracia o voto impresso, não é”, destacou o ministro. As declarações de Alexandre foram ao ar no mesmo dia em que presidentes de 11 partidos fecharam um posicionamento contra o voto impresso nas eleições de 2022.

*Com informações do Estadão Conteúdo

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