Zanin intensifica beija-mão para sabatina e visita gabinetes no Senado

Indicado de Lula ao STF participou de reuniões a portas fechadas com Alessandro Vieira (PSDB-SE) e Lucas Barreto (PSD-AP), mas não visitou ex-juiz da Lava Jato Sergio Moro

  • Por Brasília
  • 13/06/2023 10h37 - Atualizado em 13/06/2023 11h56
EDUARDO MATYSIAK/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO - 11/06/2019 Cristiano Zanin na vigília Lula Livre, na cidade de Curitiba Cristiano Zanin foi advogado de Lula em inquéritos na operação Lava Jato

Indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF), o advogado Cristiano Zanin visitou logo cedo o Senado Federal, dando início ao périplo antes de sua sabatina marcada para o próximo dia 21. Acompanhado por assessores e um segurança do Senado, ele caminhou pelos corredores e priorizou alguns gabinetes, como o dos senadores Alessandro Vieira (PSDB-SE) e Lucas Barreto (PSD-AP). As reuniões foram a portas fechadas. Zanin não foi ao gabinete do senador Sergio Moro (União-PR), embora a sala do ex-juiz da Lava Jato fique no mesmo corredor dos parlamentares visitados pelo indicado de Lula.

Em dois encontros anteriores, o advogado já havia pedido apoio a integrantes do Senado. Ele criticou o ativismo judicial, defendeu prerrogativas do Congresso sobre pautas de costumes e se apresentou como um “homem de família tradicional”, católico, casado e com três filhos da mesma mulher — Valeska Teixeira, que é também sua sócia. A informação sobre a data para a sabatina de Cristiano Zanin foi anunciada pelo presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado, senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), nesta segunda-feira, 12. Além da confirmação da sessão, Alcolumbre informou que a relatoria da indicação estará a cargo do vice-presidente do Senado, Veneziano Vital do Rêgo (MPD-PB).

Atuante na defesa de Lula nos processos que envolvem o petista na Operação Lava Jato, Zanin precisará ser aprovado na comissão e no plenário da Casa. Na CCJ, a sessão requer um quórum mínimo de 14 dos 21 membros titulares. O advogado precisará do voto favorável da maioria dos presentes. Já no plenário, a votação iniciará após o comparecimento de, no mínimo, 41 senadores, e Cristiano será considerado aprovado e apto para assumir a cadeira vaga no Supremo se obtiver ao menos 54 votos favoráveis.

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