Zema culpa ‘manchete infeliz’ e ‘intriga’ de outros políticos por repercussão de fala sobre consórcio Sul-Sudeste
Governador de Minas Gerais recebeu críticas após defender a criação de Consórcio Sul-Sudeste (Cossud) para que a região tenha protagonismo político; ele afirmou que tem consciência limpa
O governador de Minas Gerais, Romeu Zema, declarou nesta quarta-feira, 9, que a repercussão negativa sobre uma referente à criação de um consórcio Sul-Sudeste ocorreu por conta de uma má escolha da chamada da matéria feita pelo jornal Estado de São Paulo. O político classificou como ‘infeliz’ a escolha da manchete e afirmou estar com a consciência limpa. Ele ainda complementou que existem muitas pessoas ‘preocupadas em criar polêmica’ e de olho nas eleições estaduais de 2024. “Quem leu a minha matéria, entendeu muito bem o que eu quis dizer. Acho que nós tivemos uma manchete muito infeliz por parte do jornal. Da mesma maneira que outras regiões, nós queremos que os interesses de Minas [Gerais], do Sudeste e do Sul sejam atendidos. Eu estou com minha consciência limpa e gosto muito de trabalhar. Me parece que nós temos muita gente preocupada no Brasil em criar polêmica e se preocupar com a próxima eleição. Eu estou preocupado é com realização. Aonde tem gestão, tem realização. Eu estou aqui trabalhando e tem gente fazendo intriga. O Brasil vai ganhar se a gente tiver políticos trabalhando, ao invés de fazer esse tipo de comentário, que na minha opinião não é muito adequado”, defendeu.
A fala vem após a repercussão negativa de uma entrevista ao jornal Estado de São Paulo, em que Zema fala sobre a criação do Consórcio Sul-Sudeste (Cossud) para que a região tenha “protagonismo político” diante da atuação dos políticos das demais. Na visão dele, a iniciativa estaria atrás dos consórcios de governadores do Norte e do Nordeste, supostamente mais politicamente organizados. A fala de Zema gerou ampla repercussão no meio político. Inclusive, na noite do último domingo, 6, o governador de Minas Gerais voltou a comentar sobre a formação do bloco e negou que a proposta seja separatista. Em publicação nas redes sociais, o político mineiro disse que a “união do Sul e Sudeste jamais será pra diminuir outras regiões”. “Não é ser contra ninguém, e sim a favor de somar esforços. Diálogo e gestão são fundamentais pro país ter mais oportunidades. A distorção dos fatos provoca divisão, mas a força do Brasil tá no trabalho em união”, escreveu Zema no Twitter.
O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), afirmou na manhã de terça-feira, 8, que Zema “extrapolou” ao defender a criação de uma frente dos governos do Sul e Sudeste para ter “protagonismo político” diante da atuação dos políticos das demais regiões. Em entrevista ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan News, Caiado cobrou um pedido de desculpas do político mineiro. “No calor do debate ele extrapolou, sabe que errou. O gesto é de se desculpar diante dos colegas. Infelizmente, o Zema saiu por uma vertente que não deve ser tomada. Temos que lutar para que haja uma proteção dos entes federados, não inibir o crescimento dos Estados que precisam crescer e muito, como é o caso das regiões Centro-Oeste, Norte e Nordeste”, comentou.
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