Poroshenko visita Donetsk entre acusações de violações do cessar-fogo

  • Por Agencia EFE
  • 02/08/2015 17h16
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Donetsk (Ucrânia), 2 ago (EFE).- O presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko, inspecionou neste domingo as tropas governamentais durante sua visita à região oriental de Donetsk, em meio a acusações de violações de cessar-fogo entre Kiev e as milícias pró-russas.

No dia nacional dos paraquedistas, Poroshenko parabenizou a categoria na cidade de Slaviansk, reduto pró-Rússia e agora base das forças governamentais em Donetsk, e calculou em quase 400 os integrantes mortos na guerra contra os insurgentes.

Segundo ele, nos momentos mais difíceis para a Ucrânia devido à agressão russa, as Forças Armadas, que sofreram 2,3 mil baixas, demonstraram lealdade ao povo ucraniano.

Enquanto isso, a presidência ucraniana informou sobre oito feridos nas tropas governamentais nas últimas 24 horas em combates com os rebeldes em Donetsk e na região vizinha de Lugansk.

O comando militar ucraniano acusa as forças separatistas de romperem a trégua ao atacar as posições governamentais na zona do aeroporto de Donetsk, a cidade de Gorlovka e também em Lugansk.

A Ucrânia afirma que os rebeldes utilizaram artilharia de 152 milímetros de calibre, proibida pelos acordos de paz de Minsk, da mesma forma que morteiros de 120 milímetros, tanques e lança-granadas.

Além disso, foram retomados os confrontos na região de Shirokino, cidade situada nas imediações do porto de Mariupol, sede provisória do governo regional leal a Kiev.

Os separatistas também acusaram o exército ucraniano de utilizar armamento pesado para fixar suas posições perto da capital regional e em outros pontos de Donetsk.

O chefe adjunto da missão da Organização para a Cooperação e Segurança na Europa (OSCE) para o leste da Ucrânia, Alex Hug, acusou nesta semana as forças governamentais e as milícias rebeldes de violarem a trégua em repetidas ocasiões.

A Suprema Corte da Ucrânia autorizou nesta semana a reforma constitucional que permitirá a concessão de certas doses de autogoverno às regiões rebeldes em Donetsk e Lugansk, um passo crucial para a solução do conflito.

No entanto, o presidente ucraniano pôs como condição o desarmamento dos guerrilheiros, a retirada das tropas russas e o restabelecimento do controle ucraniano sobre a fronteira com a Rússia, parte da qual está agora sob domínio insurgente. EFE

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