Praticamente sem receber chuvas, nível do Cantareira volta a cair

  • Por Agência Brasil
  • 15/01/2015 10h09
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As chuvas em São Paulo continuam caindo de forma irregular, sem atingir as cabeceiros do Sistema Cantareira, mas alagando regiões da capital. Ontem (15), a precipitação sobre os bairros das zonas norte, leste e central foi intensa, em forma de pancadas, segundo o Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE). No Cantareira, porém, choveu apenas 0,5 milímetro, de acordo com a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp).

Com isso, o nível dos reservatórios do Cantareira caíram de 6,3% ontem (14) para 6,2% hoje (15). A pluviometria acumulada em janeiro está abaixo do esperado: ficou em 60,1 milímetros. A média histórica para o mês é 271,1 milímetros.

Outro manancial que reduziu de nível foi o Sistema Alto Tietê. Os reservatórios passaram de 11,1% ontem para 10,9% hoje. Não houve chuva sobre esse manancial, e a pluviometria acumulada em janeiro é baixa, 32,4 milímetros. O esperado para o mês é 251,5 milímetros.

O Sistema Guarapiranga apresentou equilíbrio, mantendo-se em 40% ontem e hoje. Também não houve registro de chuva sobre esse manancial. A precipitação acumulada é 131 milímetros em janeiro, dentro do esperado para a média histórica do mês, que é 229,3 milímetros.

Ontem a Justiça suspendeu a decisão liminar que proibia a cobrança, pela Sabesp, de sobretaxa a clientes que aumentarem o consumo de água em São Paulo. A decisão veio após o governador Geraldo Alckmin admitir, pela primeira vez, que o estado enfrenta racionamento de água.

O presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), desembargador José Renato Nalini, considerou que inibir a cobrança da tarifa poderia causar prejuízo à saúde pública. A liminar foi suspensa a pedido do governo do estado, da Agência Reguladora de Saneamento e Energia (Arsesp) e da Companhia de Saneamento Básico de São Paulo (Sabesp). A multa havia sido suspensa até que o governo do estado cumprisse a lei que determina que, antes de aplicar multa aos consumidores, o governo tem de decretar oficialmente o racionamento de água.

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