Primeiro-ministro designado do Iraque pede cooperação para formar governo

  • Por Agencia EFE
  • 25/08/2014 11h22
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Bagdá, 25 ago (EFE).- O primeiro-ministro designado do Iraque, Haidar al Abadi, afirmou nesta segunda-feira que as últimas negociações entre os blocos políticos do país foram “positivas” e, por isso, pediu cooperação mútua para formar um governo de união nacional.

“As negociações com os blocos políticos foram positivas e construtivas e, por isso, espero uma visão comum de nosso programa governamental dentro de alguns dias”, destacou Abadi em sua primeira entrevista coletiva desde o dia 12 de agosto, quando recebeu a missão de formar um novo governo de união por parte do presidente Fouad Massoum.

Neste aspecto, Abadi acrescentou que seu desejo é formar um executivo que inclua todas as facções políticas e que cada uma cumpra com suas tarefas à margem dos interesses pessoais e políticos.

O dirigente iraquiano disse que todos os blocos podem apresentar seus candidatos para os cargos ministeriais e afirmou que “todas as decisões importantes do futuro serão tomadas em consenso”.

Além disso, em relação à violência no país, Abadi assinalou que só o governo iraquiano tem o direito de possuir armas e condenou seu uso por parte das milícias, enquanto deu boas-vindas à cooperação entre as Forças de Segurança iraquianas e curdas (“peshmerga”).

“Comprometo-me a solucionar todos os problemas pendentes com a região do Curdistão, com base no estipulado na Constituição iraquiana”, acrescentou Abadi.

Ao falar sobre as relações exteriores do Iraque, Abadi mostrou disposição de fortalecer os vínculos com todos os países da região, incluindo Turquia, Irã e os do Golfo Pérsico.

O Iraque é palco de um conflito armado com carácter sectário desde junho passado, quando insurgentes sunitas liderados pelo grupo radical Estado Islâmico lançaram uma ofensiva na metade norte do país.

O EI efetuou rápidas conquistas e, de quebra, declarou um califado nos territórios controlados entra a Síria e o Iraque, o que mobilizou vários milicianos xiitas ao campo de batalha. EFE

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