Produtores rurais argentinos anunciam greve comercial contra governo
Buenos Aires, 12 ago (EFE).- Das quatro maiores entidades agropecuárias da Argentina, três anunciaram nesta quarta-feira que no final deste mês farão uma greve comercial de cinco dias em protesto contra as políticas que o governo da presidente Cristina Kirchner aplica ao setor rural.
A paralisação, que acontecerá dos dias 24 a 28 deste mês, foi anunciada pelas associações Sociedade Rural, Confederações Rurais e a Confederação Intercooperativa Agropecuária, que em 2008 protagonizaram uma dura disputa com o governo, que incluiu greves e bloqueios de estradas, pelos impostos às exportações de grãos.
“A decisão de realizar esta paralisação da comercialização se deve à gravíssima situação em que se encontram os produtores e à total falta de resposta por parte do governo nacional”, disseram as entidades em comunicado.
A greve afetará o envio de carne aos mercados e de grãos aos moinhos, mas as entidades que a convocaram garantem que a medida não prejudicará o abastecimento de alimentos. Além disso, elas argumentam que a medida excluirá as produções das zonas afetadas por inundações e a comercialização de produtos perecíveis.
As entidades patronais agrárias reivindicam, entre outras medidas, a eliminação dos impostos às exportações de produtos de economias regionais e uma diminuição da pressão tributária ao setor rural em geral.
Paralelo ao anúncio realizado pelas três organizações, a Federação Agrária, outra entidade rural que em 2008 também entrou em conflito com o governo, realiza uma semana de protestos contra o governo de Cristina Kirchner, com atos e mobilizações em diferentes pontos do país. EFE
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