Proposta de sanções contra Venezuela avança no Senado americano

  • Por Agencia EFE
  • 20/05/2014 20h14

Washington, 20 mai (EFE).- A proposta de lei para impor sanções contra membros do governo da Venezuela pela repressão aos protestos estudantis superou nesta terça-feira sua primeira fase com a aprovação em um comitê do Senado dos Estados Unidos.

O projeto de lei, apresentado em 13 de março pelo senador democrata Robert Menéndez e que contou com o apoio dos republicanos John McCain e Marco Rubio, foi aprovado por 13 votos a favor e dois contra pelos membros do Comitê de Relações Exteriores do Senado.

Ao mesmo tempo, na Câmara dos Representantes também avança um projeto de lei semelhante, que em 9 de maio passou da primeira fase legislativa com a aprovação pelo Comitê de Relações Exteriores.

Menéndez, presidente do Comitê das Relações Exteriores do Senado, se mostrou contente pelo avanço desta lei para impor “sanções contra indivíduos (que estão) por trás da violência na Venezuela”.

O projeto de lei S.2142 tem como objetivo “punir os responsáveis por violações dos direitos humanos dos manifestantes opostos ao governo na Venezuela e para fortalecer a sociedade civil” nesse país.

A lei de sanções, que deve ser votada pelo plenário do Senado, apoiada pela Câmara dos Representantes e ratificada pelo presidente Barack Obama, bloquearia todos os ativos que os membros do governo venezuelano assinalados pela Casa Branca que estejam sob jurisdição americana.

Além disso, aqueles incluídos na lista de sancionados não terão direito a visto de entrada no país.

O projeto de lei também pede ao governo de Obama apoio à “sociedade civil democrática” da Venezuela, aos “meios de comunicação independentes e à liberdade na internet”.

O senador Menéndez publicou hoje um artigo na coluna de opinião do site da “CNN” em que acusa o governo do presidente venezuelano Nicolás Maduro de “estar disposto a chegar a extremos perigosos para aplacar a dissidência política”.

O legislador denunciou a morte de 42 pessoas e centenas de feridos desde o começo dos protestos, em fevereiro, e condenou “o uso ilegítimo da força, as detenções violentas e maciças, os golpes à liberdade de imprensa e expressão, e os abusos (cometidos) em centros detenção”. EFE

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