Protesto contra islamofobia termina com 29 feridos e 42 presos em Hannover

  • Por Agencia EFE
  • 27/01/2015 10h50

Berlim, 27 jan (EFE).- Uma manifestação de oposição ao movimento islamofóbico Patriotas Europeus contra a Islamização do Ocidente (Pegida) na noite de segunda-feira, em Hannover, terminou com 29 pessoas feridas, a maior parte delas policiais, e 42 presos.

Segundo a Polícia, foram registrados vários enfrentamentos entre os manifestantes e as forças de segurança no centro da capital do estado da Baixa Saxônia, no nordeste da Alemanha.

Ambas as partes utilizaram gás de pimenta, o que deixou 24 agentes e cinco manifestantes feridos. O grupo contrário ao Pegida também disparou rojões e atirou garrafas nos policiais.

Durante a confusão, 42 pessoas foram presas, a metade delas pertencentes ao Hagida, variante local do Pegida. O restante dos detidos protestava contra o movimento anti-Islã.

Manifestações de oposição e favoráveis ao Pegida foram realizadas em outras cidades alemãs. Em todas elas, segundo a polícia, a maior parte dos participantes era contrária ao grupo islamofóbico.

Em Dresden, local de origem do Pegida, 22 mil pessoas se reuniram em um grande ato em defesa da tolerância religiosa.

Apesar da proposta, simpatizantes do Pegida também compareceram à passeata, que transcorreu de forma “absolutamente pacífica”, conforme as autoridades. Eles levavam bandeiras da Alemanha e cartazes com palavras de ordem como “O Islã não faz parte da Saxônia”.

Em Frankfurt, 3 mil contramanifestantes impediram a passagem de uma marcha convocada pelo Pegida, a qual participavam apenas 70 pessoas. Já em Bremen, 7 mil pessoas foram às ruas para defender a diversidade e a tolerância.

Os líderes do Pegida tinham antecipado a 13ª manifestação do grupo em Dresden de segunda-feira para o domingo para que o evento não coincidisse com a marcha convocada ontem.

Foi o primeiro ato do Pegida em Dresden depois do cancelamento de um protesto marcado no último dia 19 e da mudança no comando do grupo, após a saída do líder Lutz Bachmann, motivada por uma fotografia em que ele aparece fantasiado de Hitler. EFE

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