PSDB e PT vão trabalhar juntos para aprovar orçamento de 2017 em SP

  • Por Estadão Conteúdo
  • 18/10/2016 15h19
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Divulgação/ Câmara Plenário da Câmara de Vereadores da cidade de São Paulo vazio

O PSDB e o PT vão trabalhar juntos para aprovar o orçamento de R$ 54,5 bilhões para 2017, enviado pela Prefeitura de São Paulo à Câmara de Vereadores. O anúncio foi feito na manhã desta terça-feira (18) após reunião do secretário de Governo do município, Chico Macena, com o coordenador da equipe de transição do prefeito eleito João Doria (PSDB), Júlio Semeghini.

Em coletiva de imprensa, Júlio Semeghini destacou que será “fácil” fazer uma articulação com a bancada do PSDB na Câmara e com os vereadores que apoiam Haddad para fazer os ajustes necessários e aprovar o orçamento no Legislativo. Chico Macena garantiu que o município está em condição financeira positiva para garantir o pagamento de servidores e fornecedores no fim de 2016 e em 2017. “Diferente de outras cidades, não temos nenhum problema de receita a pagar aos funcionários e fornecedores, o orçamento está muito equacionado”, disse Macena, na mesma coletiva.

O orçamento da Prefeitura foi o tema da reunião entre os dois, na sede do Executivo. Segundo os representantes do prefeito Fernando Haddad (PT) e de Doria, o encontro discutiu os pontos críticos do orçamento e os números gerais do projeto encaminhado à Câmara de Vereadores com a peça orçamentária para o ano que vem.

O coordenador da equipe de Doria garantiu que o tucano buscará R$ 500 milhões para garantir os subsídios ao transporte público, visando congelar a tarifa do serviço no próximo ano. Conforme Macena complementou, R$ 1,8 bilhão para o subsídio já está na programação orçamentária em 2017.

“Houve uma avaliação muito bem feita do secretário Rogério Seron (secretário de Finanças e Desenvolvimento Econômico), que colocou esses pontos críticos para que a gente pudesse montar o grupo que vai detalhar esses pontos e dizer como ajudar a conviver e a resolver o que for possível”, destacou Semeghini. 

Ele afirmou que as equipes estão acompanhando a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos precatórios, que tramita no Congresso e que permite o uso de dinheiro depositado na Justiça para pagar dívidas públicas. “É um ponto superimportante para a peça orçamentária em 2017”, destacou o coordenador.

De acordo com Semeghini, o governo de Doria ainda vai avaliar que programas da administração petista serão mantidos e quais sofrerão ajustes ou cortes. Ele destacou que a transição está sendo executada por técnicos e que ainda não vai divulgar nomes do secretariado.

Outro assunto que está sendo acompanhado pela equipe de transição, segundo o secretário Chico Macena, é a decisão judicial que impediu o município de usar recursos do Fundo Municipal de Trânsito para custeio da Companhia de Engenharia de Tráfego. No próximo dia 25, as equipes vão se reunir novamente para debater um plano de combate às enchentes de verão. No dia seguinte, Haddad e Doria se encontrarão novamente para definir um calendário de transição para cada pasta do governo.

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