Putin põe em alerta de combate tropas na parte central da Rússia

  • Por Agencia EFE
  • 21/06/2014 08h33
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Moscou, 21 jun (EFE).- O presidente da Rússia, Vladimir Putin, ordenou pôr em alerta às tropas do circunscrição militar Centro, que abrange parte da bacia do Volga, os Montes Urais e a Sibéria Ocidental, para verificar a disposição combativa, informou neste sábado o ministro da Defesa russo, Serguei Choigu.

“De acordo com a ordem, a partir das 11h de Moscou, as tropas da circunscrição militar Centro e todos os agrupamentos e unidades militares emprazadas em seu território serão postas em alerta de combate, total”, disse Choigu, em reunião no Ministério de Defesa, informou agência de notícias “Interfax”.

Ele acrescentou que a inspeção do estado da disposição combativa das tropas terá duração de uma semana, se estendendo até o próximo dia 28.

O ministro ordenou o envio da 98ª divisão aerotransportada, com base em Ivanovo, cerca de 300 quilômetros ao nordeste de Moscou, à região de Cheliabinsk, nos Urais, a 1.500 quilômetros de distância, com a missão de realizar um desembarque aéreo.

Segundo o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas da Rússia, general Valeri Guerasimov, participarão da inspeção mais de 65 mil soldados, cerca 5.500 veículos militares e peças de artilharia, mais de 180 aviões e 60 helicópteros.

Choigu, que reforçou que os militares em Moscou foram informados dos exercícios, indicou que o retorno das unidades para seus quartéis frequentes deve ser concluído, no máximo, em 1 de julho.

O exercício de alerta de combate dessas tropas ocorre no meio de denúncias que Moscou estaria concentrando soldados e armamento na fronteira com a Ucrânia para apoiar os separatistas pró-Rússia que atuam em regiões próximas ao país vizinho.

Os Estados Unidos têm informação que a Rússia “restabeleceu” suas forças militares na fronteira com a Ucrânia, declarou ontem a porta-voz do Departamento de Estado, Jen Psaki.

Os presidentes dos EUA, Barack Obama, e da França, François Hollande, e a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, advertiram ontem à Rússia que haverá mais sanções caso não sejam vistos “passos concretos e imediatos” para diminuir a tensão no sudeste da Ucrânia. EFE

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