Questionado por papel na ditadura, chefe do exército argentino anuncia saída
Buenos Aires, 23 jun (EFE).- O chefe do Estado-Maior do exército da Argentino, César Gerardo Milani, questionado por suas ações durante a última ditadura (1976-1983), anunciou sua retirada nesta terça-feira por razões “estritamente pessoais”.
“No dia de hoje, o chefe do Estado-Maior do exército, tenente-general César Gerardo Milani, apresentou sua passagem à retirada efetiva por razões estritamente pessoais”, informou o exército em comunicado.
Milani, com categoria de tenente-general, foi nomeado chefe do exército argentino em 2013 por Cristina Kirchner, em meio a críticas de várias organizações de direitos humanos por seu papel durante a última ditadura militar.
A Justiça argentina lhe investiga pelo suposto acobertamento do desaparecimento de um soldado em 1976 na província de Tucumán.
Além disso, é acusado de participar de operações para capturar presos políticos e de supostos interrogatórios com torturas na província argentina de La Rioja.
Milani, que não chegou a ser indiciado em nenhum dos casos, atribuiu as acusações a “operações midiáticas”. EFE
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