Rebeldes de Lugansk, no sudeste da Ucrânia, declaram lei marcial
Kiev, 22 mai (EFE).- O líder da autoproclamada república popular de Lugansk, Valeri Bolotov, declarou nesta quinta-feira lei marcial e anunciou a mobilização de todos os homens com idades entre os 18 e os 45 anos que vivem na região rebelde do sudeste da Ucrânia.
“Devido ao início de ações militares das Forças Armadas ucranianas em território da república popular de Lugansk, determino a instauração da lei marcial em todo o território da república e a mobilização total”, anunciou Bolotov para os jornalistas.
Bolotov também pediu “a intervenção de tropas pacificadoras”, presumivelmente russas, “antes que se produza uma catástrofe humanitária”.
“Segundo nossas informações, mais de seis mil soldados ucranianos, número que cresceu nos últimos dias”, chegaram na região para enfrentar os rebeldes, disse o líder russófono.
Nove soldados ucranianos morreram e pelo menos 20 ficaram feridos hoje em combates com os insurgentes pró-Rússia perto das localidades de Volnovaja e Rubezhnoe, nas regiões rebeldes de Donetsk e Lugansk, confirmou o Ministério de Defesa da Ucrânia.
Um dos militares ucranianos morreu nos combates que vem ocorrendo nos acessos da cidade de Lisichansk, na região de Lugansk, onde aparentemente começou uma grande ofensiva das forças de Kiev.
“A Guarda Nacional começou uma grande ofensiva para se dirigir para Lisichansk. Há combates nos arredores da cidade; a Guarda Nacional utiliza blindados” em seu avanço, disse às agências russas Alexei Chmilenko, um dos líderes da região rebelde.
A polícia local de Rubezhnoe disse à agência ucraniana UNN que “os combates continuam” nos acessos a Lisichansk, apesar da destruição de uma das duas pontes que unem ambas as localidades.
Oito soldados das forças ucranianas morreram perto de Volnovaja, na região de Donetsk, informou o Ministério de Defesa.
O ministério explicou em um comunicado oficial que os soldados morreram devido à explosão de um blindado atacado pelos insurgentes.
Os milicianos da autoproclamada república popular de Donetsk informaram sobre 25 feridos em suas fileiras e denunciaram vítimas entre a população civil durante a ofensiva ucraniana que, segundo os rebeldes, começou nesta madrugada. EFE
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