Rebelo vê desoneração como forma para setor privado contratar doutores e mestres

  • Por Estadão Conteúdo
  • 23/02/2015 16h36
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Wilson Dias/ABr Deputado federal Aldo Rebelo (PCdoB - SP) assume o Ministério do Esporte

O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Aldo Rebelo, afirmou nesta segunda-feira, 23, que vai trabalhar para “superar todos os obstáculos na inovação” e ampliar a competitividade da indústria. “O Brasil não pode permanecer no 60º lugar em inovação, isso compromete a inovação industrial, a nossa pauta de exportações, as nossas contas externas, o déficit em transações correntes, que foi o maior da história no ano passado por conta da perda de competitividade, principalmente da nossa indústria”, afirmou, após encontro com empresários em São Paulo.

Aldo reuniu-se por cerca de duas horas com a diretoria da Fiesp, Senai, Sesi e Ciesp e ouviu as demandas do empresariado, entre elas, o pedido de desoneração para a contratação de doutores e mestres para a área de pesquisa e desenvolvimento. “De fato, nós temos essa deformação no Brasil”, reconheceu o ministro. “Nós precisamos fazer um esforço para ampliar a presença de pesquisadores no setor privado. E uma das formas de incentivar é desonerar a contratação desse profissional”, afirmou. 

Questionado se encontraria espaço dentro do governo para desonerações, em um momento em que a equipe econômica promove ajustes nas contas, o ministro afirmou que “tudo que tenha como objetivo o desenvolvimento você tem que ler como uma possibilidade”. “O ajuste não é uma agenda econômica, a agenda econômica é a agenda do desenvolvimento, o ajuste é uma contingência pela qual você tem que passar para buscar o desenvolvimento”, completou. 

Segundo o ministro, será preciso avaliar dentro da sua pasta a proposta com cautela e os ganhos “que a sociedade e que a produção terão caso a medida seja adotada”. “E naturalmente (vamos calcular) o provável impacto que possa ter na arrecadação. Eu acredito que o impacto é muito pequeno e que o resultado é muito promissor”, afirmou. 

Os empresários que participaram da reunião também fizeram demandas em relação à ampliação da Lei do Bem e uma estabilidade no orçamento da Finep. O ministro, entretanto, minimizou os pedidos e disse que na reunião de hoje “não havia sido inaugurada nenhuma pauta”. “Todas as reivindicações já existem. Aqui não foi inaugurada uma pauta, foi uma reunião de trabalho”, afirmou.

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