República Tcheca reforça fronteira com a Áustria por crise de refugiados

  • Por Agencia EFE
  • 13/09/2015 23h20

Praga, 13 set (EFE).- A República Tcheca vai reforçar a vigilância limítrofe com a Áustria, após a decisão alemã de restabelecer os controles em sua fronteira austríaca devido à chegada em massa de refugiados, anunciou neste domingo o Ministério do Interior.

“A polícia tcheca reforça seus controles na fronteira com a Áustria”, informou o titular de Interior, Milan Chovanec, na emissora “CT24”.

Chovanec acrescentou que as futuras medidas a tomar dependerão de quantos refugiados começarem a tomar uma rota alternativa por este país.

“Tivemos notícia da decisão definitiva da Alemanha através dos meios de comunicação, por isso que os dados não são precisos e não sabemos como vão funcionar esses controles (germânicos)”, acrescentou Chovanec.

A medida de Berlim, no entanto, era esperada pelas autoridades tchecas, explicou à imprensa local a porta-voz da polícia de Estrangeiros, Katerina Rendlova.

“Vamos enfrentar esta situação com uma medida especial, aumentando os soldados nas regiões de fronteira”, indicou Rendlova.

Segundo o chefe da Polícia, Tomas Tuhy, esses maiores controles fronteiriços nas regiões da Morávia do Sul (sudeste) e Boêmia do Sul (sul) vão incluir cerca de 200 agentes adicionais.

À Áustria chegaram hoje 8 mil refugiados procedentes da Hungria e espera-se que o número total chega a 10 mil hoje, embora a maioria deles continuavam até agora viagem rumo à Alemanha e não passavam pela República Tcheca.

A medida da Alemanha é consequência da incapacidade da União Europeia, na atual crise migratória, “de manter as regras e defender com eficácia as fronteiras exteriores do espaço (de livre circulação) de Schengen”, disse hoje o primeiro-ministro tcheco, o social-democrata Bohuslav Sobotka.

A República Tcheca, junto a outros parceiros comunitários do Leste, insistiram na necessidade de zelar pelas fronteiras do espaço de Schengen e em rejeitar a proposta da Comissão Europeia de estabelecer cotas obrigatórias para receber os refugiados. EFE

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