Rússia aceita reunião solicitada pela Otan para falar da Ucrânia

  • Por Agencia EFE
  • 04/03/2014 13h05
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Bruxelas, 4 mar (EFE).- O embaixador russo na Otan, Alexander Grushko, aceitou nesta terça-feira comparecer à reunião extraordinária solicitada pelo secretário-geral da Aliança, Anders Fogh Rasmussen, para abordar a situação na Ucrânia após o desdobramento de tropas russas na região autônoma ucraniana da Crimeia.

“A Rússia aceitou a sugestão de Anders Fogh Rasmussen de convocar uma reunião extraordinária do Conselho OTAN-Rússia amanhã para discutir a situação na Ucrânia”, informou a porta-voz da Aliança Oana Lungescu.

Rasmussen já apontou no domingo que os aliados cogitavam convocar uma reunião do Conselho OTAN-Rússia, um fórum de consultas e cooperação entre a Otan e Moscou estabelecido em Roma em 2002.

Esse Conselho é também a base formal das relações entre as partes e contém um mecanismo de consultas, cooperação e decisões conjuntas, no qual os Estados aliados e a Rússia abordam assuntos de segurança de interesse comum.

Já o Conselho do Atlântico Norte, o principal órgão de decisões da Otan, realiza hoje uma reunião, solicitada pela Polônia, sobre a crise na Ucrânia por considerar que essa situação pode afetar sua segurança.

A Polônia invocou na segunda-feira o artigo IV do Tratado Atlântico para convocar esta reunião, que prevê que a Otan chame seus membros para debater a necessidade de se preparar para uma eventual defesa do território de um dos membros se este sentir que sua integridade territorial, independência política ou segurança estão ameaçadas.

Grushko considerou que a iniciativa polonesa “alimenta as tensões e mostra a permanência de uma mentalidade ao estilo da Guerra Fria”, disse à imprensa de seu país.

Por enquanto, os embaixadores da Otan, que ainda permanecem reunidos, têm “discussões construtivas” em que estão mostrando uma “forte solidariedade”, destacou a porta-voz da Aliança Carmen Romero.

E Lungescu anunciou que os embaixadores aliados se reunirão amanhã com o Comitê Político e de Segurança da União Europeia (UE) para falar sobre a Ucrânia.

Esta reunião acontecerá na véspera de os chefes de Estado e de governo da UE realizarem uma cúpula extraordinária em Bruxelas na qual poderiam adotar medidas restritivas contra a Rússia se ela não der passos para diminuir a tensão na Ucrânia, uma possibilidade colocada na segunda pelos ministros das Relações Exteriores da União Europeia. EFE

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