Rússia declara que tomará medidas adequadas diante de ampliação da Otan

  • Por Agencia EFE
  • 25/12/2014 12h07

Moscou, 25 dez (EFE).- A Rússia advertiu nesta quinta-feira que adotará medidas diante de uma eventual ampliação da Otan ao leste, em alusão às aspirações da Ucrânia de se incorporar à Aliança Atlântica.

“A possível ampliação da Otan para o leste afetará diretamente os interesses nacionais da segurança da Rússia e obrigará nosso país a adotar as necessárias medidas necessárias”, declarou o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Aleksandr Lukashevich.

O diplomata indicou que “dá a impressão que as atuais autoridades ucranianas veem a aproximação com a Aliança Atlântica como uma alternativa ao desenvolvimento de relações normais com a Rússia”.

Segundo Lukashevich, esta postura pode “complicar ainda mais as relações bilaterais com esta república irmã e dificultar a solução para uma série de assuntos relativos à cooperação em diversos âmbitos”.

O parlamento ucraniano aprovou na terça-feira uma emenda legislativa que propôs a renúncia ao status de país não-alinhado e que declarou o propósito de ingressar na Otan.

As remodelações foram propostas pelo presidente ucraniano, Petro Poroshenko, e incluem diretamente uma norma sobre a cooperação com a Otan “para cumprir os critérios necessários para ser membro desta organização”.

Poroshenko argumentou que a “agressão da Rússia à Ucrânia, a anexação ilegal da Crimeia e a intervenção militar nas regiões orientais obrigou a buscar garantias mais eficazes de independência, soberania, segurança e integridade territorial da Ucrânia”.

O porta-voz da diplomacia russa assinalou que a decisão do parlamento ucraniano “causou perplexidade”, porque foi adotada exatamente em um momento em que “se observam tendências positivas para a solução da crise no leste da Ucrânia”.

“Estamos convencidos que a guinada euro-atlântica na política interna e exterior do Estado ucraniano dificilmente ajudará o país a sair de sua profunda crise política e econômica”, ressaltou Lukashevich. EFE

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